quinta-feira, abril 24, 2008

Acesso Aberto à publicações científicas

O apoio ao movimento mundial de Acesso Aberto às publicações científicas levou professores e pesquisadores acadêmicos da Faculdade de Artes e Ciências da Universidade de Harvard a votarem no dia 12 de fevereiro de 2008 uma política a favor do acesso aberto (livre) para a produção científica da Universidade.

Com esta decisão, a partir de agora, os pesquisadores de Harvard darão à Universidade uma licença para divulgar seus trabalhos livremente na internet, sem fins lucrativos, resguardando seus direitos autorais. Por seu lado, a universidade disponibilizará um repositório de acesso livre aos artigos científicos de seus pesquisadores. Isso não impede que os autores continuem a publicar seus artigos e pesquisas em periódicos de alto impacto e com acesso controlado.

O argumento discutido pela comunidade acadêmica de Harvard é de que, embora os periódicos científicos tenham a função de divulgar o conhecimento científico de forma ampla, os resultados de pesquisa financiados pela Universidade publicados por eles, nem sempre estão disponíveis livremente para os pesquisadores da instituição e, não raro, para os próprios autores.

Como afirmou um dos professores da Faculdade, o sistema de publicação de periódicos científicos tornou-se muito restritivo e com o custo crescente de assinaturas, o acesso às publicações fica cada vez mais difícil para muitas instituições.

Esta iniciativa é importante para os países em desenvolvimento tanto para a democratização do acesso á informação científica como para fortalecer as políticas e programas de acesso aberto como são as iniciativas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SciELO.

Esta é uma politica pioneira nos Estados Unidos, embora haja outras 38 iniciativas semelhantes em outros países, tais como o repositório ROARMAP (Registry of Open Access Repository Material Archiving Policies) que registra políticas institucionais ou nacionais de acesso aberto existentes ao redor do mundo, geradas inicialmente por agências de financiamento e conselhos de pesquisa como as do National Institutes of Health, nos Estados Unidos e a do Wellcome trust na Inglaterra.

Noticia publicada na Newsletter da BIREME em 03 de março de 2008.

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