quinta-feira, abril 17, 2008

TELEDERMATOLOGIA

O surgimento da telemedicina tem oferecido a médicos e agentes de saúde a possibilidade de obter em áreas remotas uma segunda opinião especializada além de aumentar a interação entre profissionais diminuindo a sensação de estar sozinho.

O isolamento e a falta de médicos especialistas em pequenas cidades e em áreas rurais dificultam a realização de um diagnóstico adequado e do manejo apropriado de diversas doenças.

Na área da dermatologia, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) no Brasil, através do seu grupo de trabalho em eHealth, vem desenvolvendo um projeto em teledermatologia na região Amazônica, no extremo norte do país.

Coordenado pela Profa. Maria Helena Itaqui Lopes do grupo de Telemedicina da Faculdade de Medicina, pela Profa. Thais Russomano do Laboratório de Telemedicina do Centro de Microgravidade e pelo Ir. Edson Huttner do núcleo de Pesquisa e Cultura Indígena, o projeto conta com a participação de uma equipe multidisciplinar de profissionais das áreas da saúde, liderada pelo Dr. Eder Huttner e pelo responsável técnico Ricardo Cardoso.

O objetivo principal deste projeto foi o de avaliar casos de dermatoses de moradores da região de Ji-paraná, no estado de Rondônia, uma região endêmica de malária.

Em janeiro de 2007, foi realizada uma campanha de diagnóstico e prevenção de doenças dermatológicas pela PUCRS e Secretaria Municipal de Saúde local.

A região é remota e de dificil acesso especialmente em dias de chuva, quando as estradas ficam quase intransitáveis.

Durante o atendimento, foram realizadas fotografias das lesões dermatológicas, com preenchimento de prontuário eletrônico referente à anamnese do paciente.

Sem acesso à Internet no posto de saúde, as informações do prontuário e as fotografias eram enviados para o especialista somente após atendimento.

Como funciona a TELEMEDICINA


O processo se inicia pela lesão do paciente sendo fotografada e logo a seguir remetidas para o dermatologista e patologista localizados no Rio Grande do Sul. De posse de um diagnóstico, o laudo é então enviado de volta por meio de criptografia digital.

De acordo com a American Telemedicine Association (ATA) (http://www.americantelemed.org/), a Telemedicina é "o uso de informação médica veiculada de um local para outro, por meio de comunicação eletrônica, visando à saúde e à educação dos pacientes e do profissional médico, para assim melhorar a assistência de saúde"

Mas telemedicina é simplesmente medicina à distância. Ou seja, o uso de tecnologia de informação e comunicação para que centros rurais e distantes possam consultar especialistas, enviar exames histopatolóogicos, RX e fotos de lesões para obter uma segunda opinião ou simplesmente consultar colegas que estejam em outros centros médicos.

Atualmente, já existem experiências bem sucedidas com tratamento e até intervenções cirúrgicas feitas à distância. As possibilidades são enormes e crescem a cada dia.

Com certeza, a telemedicina tem o enorme potencial de aumentar o acesso a serviços de saúde. Atendimentos e diagnósticos que antes só eram possíveis em centros de maior complexidade, podem, com o advento desta tecnologia, ser realizados em nível local e mesmo comunitário. Da mesma forma, especialista em hospitais centrais e centros especializados passam a ter acesso a um maior numero de casos, aumentando sua experiência e expertise.

Naturalmente, porém, a telemedicina não pode ser vista apenas como a instalação de novos equipamentos e treinamento de recursos humanos para operá-los. Para fazer uso de seu pleno potencial, é necessário que exista uma mudança de atitude dentro dos sistemas e políticas de saúde públicos e privados, bem como uma melhor aceitação de profissionais de diversas áreas da saúde deste novo conceito, os quais devem saber otimizar o uso desta nova tecnologia.
Existem vários sites que podem ajudar a entender melhor a TELEMEDICINA. Explore.

A iniciativa ePORTUGUÊSe está buscando alternativas na área da telemedicina para integrar os 8 países de língua portuguesa.



Matéria enviada pela Profa. Dra Thais Russomano, PhD
Médica Aeroespacial e Professora PUCRS
Coordenadora do Centro de Microgravidade/FENG-PUCRS.

Um comentário:

Anônimo disse...

Hoje em dia, com todas as novas coisas tecnológicas, é muito comum que por exemplo, a dermatologia em curitiba tenha a possibilidade de brindar este serviço.