terça-feira, outubro 07, 2008

Africanos buscam melhorias do acesso à informação sobre a saúde

ACELERAR mecanismos conducentes a um acesso à informação sobre saúde no Continente Africano e em Moçambique em particular, com especial enfoque para as zonas rurais é o principal desafio dos países-membros da Associação das Bibliotecas e Informação de Saúde em África (AHILA) reunidos desde ontem em Maputo, no seu 11º Congresso.
Maputo, Terça-Feira, 7 de Outubro de 2008: Notícias


Sob o lema “Provisão de Informação de Saúde para o Alívio à Pobreza em África”, os participantes pretendem, através da informação para área de saúde contribuir para a concretização de um dos Objectivos do Milénio que é garantir acesso aos cuidados sanitários até ao ano 2015, através da informação.


Uma ideia partilhada pelos participantes ao encontro é que onde não há acesso à informação de saúde há sempre espaço para complicações de vária ordem que seriam certamente evitáveis com o conhecimento.

Foi focalizado o facto de, no continente Africano, ocorrerem muitas mortes não por falta de medicamentos para a cura das enfermidades, mas sim por desconhecimento de certos aspectos que contribuiriam para a prevenção.

Um dos problemas que os países do continente têm no geral é o analfabetismo. Sobre como iriam os países-membros da AHILA providenciarem informações nas zonas rurais, soubemos dos representantes da organização que existe uma ideia que é adequar os conteúdos informativos sobre a saúde indo ao encontro às realidades de cada país e não necessariamente a disponibilidade de bibliografia.

Uma das experiências trazidas pelos parceiros de Moçambique consistem na disseminação através dos meios de comunicação audiovisuais de conteúdos de prevenção de doenças nas línguas locais, por forma a ter uma maior abrangência.

Em Moçambique a organização ainda não deu passos significativos no que concerne os objectivos para os quais foi criada, apesar de já existir há já vários anos.

O facto é justificado pela saída de parte dos seus membros para outras actividades. Contudo, acreditam os organizadores que a realização do 11º Congresso no país será uma alavanca para uma nova dinâmica deste ramo da AHILA.

Aliás, um dos sinais da revitalização foi o recente treinamento dos bibliotecários da área da Saúde oriundos de nove províncias do país, pela Organização Mundial da Saúde, acto que culminou com a entrega aos participantes de uma “biblioteca azul”, contendo material informativo sobre saúde que será colocado à disposição dos utentes nos centros e institutos de formação da Saúde nas suas zonas de proveniência.

Falando na sessão inaugural, o representante da Organização Mundial da Saúde em Moçambique, El Adi Benzeroug disse que o facto de Moçambique acolher o evento é de grande relevância, tendo em conta o seu lema pois a provisão de informação para o alívio à pobreza faz parte da agenda nacional e do cometimento da organização que representa em particular.

O encontro que vai decorrer durante quatro dias é co-organizado pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde, tendo como temas de discussão, o “Uso de Tecnologias para Promoção e Acesso à Informação de Saúde nas Comunidades Rurais Africanas, a Ignorância e Doenças em África”, entre outros.

Maiores informações:
http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/249316


Noticia enviada por:
Flatiel F. Vilanculos
Centro de Documentação
WCO – Moçambique

Email:
vilanculosf@mz.afro.who.int
Country website: http://www.who.int/countries/moz/en

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