terça-feira, junho 30, 2009

Gripe A faz a sua primeira vítima no Brasil

O ministro da Saúde do Brasil, José Gomes Temporão, anunciou no domingo 28 de junho, a primeira morte no país causada pela gripe A.

Um homem de 29 anos, que esteve recentemente na Argentina e estava internado no Rio Grande do Sul, foi o primeiro caso mortal confirmado num país de língua oficial portuguesa.

Neste momento existem casos confirmados de gripe A em três dos sete países de língua oficial portuguesa.

Destes países o Brasil é o país com maior número de casos (452) seguido por Portugal com 11 casos confirmados. Em Cabo Verde foram identificados 3 casos.

Desde o aparecimento da gripe A H1N1,em Abril no México 70 893 casos foram identificados em mais de 73 países e o número de vítimas já somam 311.

Como anunciámos antes neste BLOG, a Organização Mundial da Saúde formalizou o alerta de pandemia para a gripe A, provocada pelo vírus H1N1, no dia 11 de Junho.

"Pandemia significa que o vírus pode ser encontrado em mais de uma região do globo". Mas, o aumento do nível de alerta pandémico não significa necessariamente que o vírus está mais forte ou mais perigoso. Também não significa que mais gente vai ficar gravemente doente, alertou a directora-geral da OMS, Dra. Margaret Chan.

A OMS mantém a classificação global desta pandemia em "moderada". Esta classificação deve-se ao fato de:
- A maioria dos doentes recupera-se da infecção sem necessitar de hospitalização ou mesmo de receber cuidados médicos
- Globalmente, os níveis nacionais de doença grave pelo vírus H1N1 parecem similares aos níveis registados localmente durante o período sazonal da gripe, apesar de níveis elevados da doença terem ocorrido nalgumas áreas e instituições
- Na grande maioria, hospitais de diferentes paises afetados tem conseguido lidar com o numero de casos a precisar de cuidados médicos, apesar de em alguns locais os sistemas de saúde terem ficado sobrecarregados.

Vale lembrar que o numero de mortes causadas pelo vírus A H1N1 continua baixo e apenas 2% dos pacientes infetados ficaram gravemente doentes.

A maioria dos casos graves e infecções fatais ocorreram em adultos com idade entre os 30 e 50 anos. Este padrão é diferente do que acontece normalmente durante epidemias sazonais de gripe em que a maioria das mortes ocorre em idosos debilitados ou crianças.

A decisão de elevar o nível de alerta para a gripe A H1N1 implica um conjunto de recomendações que todos os países, afetados ou não devem seguir com o objetivo "reduzir o impacto da pandemia" sobre a população.

Entre as recomendações aos Estados estão:
- O dever de informar a Organização Mundial da Saúde acerca da evolução da pandemia
- Avisar a mutação do vírus ou de sinais de resistência aos anti-virais.

A nível individual, a OMS aconselha as pessoas a evitarem contacto com pessoas infectadas e a tomar as medidas já referidas:
- Evitar tocar na boca e nariz em sítios públicos;
- Lavar as mãos com sabão e água regularmente;
- Se possível, reduzir o tempo em locais com grande conglomerados;
- Intensificar medidas como: dormir bem, comer alimentos nutritivos e manter-se fisicamente ativo;
- A OMS continua a não recomendar restrições oficiais de viajar para os países afectados.

O BLOG da rede ePORTUGUÊSe continuará a acompanhar a progressão da pandemia e actualizar este espaço em função do novos desenvolvimentos. Para mais informações acerca do número de casos e recomendações visite: http://www.who.int/csr/disease/swineflu/en/index.html

Um comentário:

Anônimo disse...

Como identificar a gripe A nos infantários, jardim-escolas e empresas. Leia mais em termoflua.blogspot.com