quarta-feira, setembro 16, 2009

António Agostinho Neto

ANTÓNIO AGOSTINHO NETO nasceu a 17 de Setembro de 1922, na aldeia de Kaxicane, região de Icolo e Bengo, a cerca de 60 km de Luanda.

Seu pai era pastor e professor da igreja protestante e sua mãe professora. Após ter concluído o liceu em Luanda, Agostinho Neto tornou-se uma figura proeminente do movimento cultural nacionalista Angolano que, na década de quarenta estava em franca expansão.

Decidido a seguir a carreira de médico, Agostinho Neto juntou dinheiro e em 1947 embarcou para Portugal para matricular-se na Faculdade de Medicina de Coimbra.

Estudou em Coimbra e em Lisboa com uma bolsa de estudos da Igreja Metodista Americana.

Agostinho Neto esteve sempre envolvido em atividades políticas e foi preso pela primeira vez em 1951, quando reunia assinaturas para a Conferência Mundial da Paz em Estocolmo. Depois de ser libertado, retomou imediatamente às atividades políticas e tornou-se representante da Juventude das colônias portuguesas e no decurso de um comício estudantil em fevereiro de 1955 a que assistiam operários e camponeses que foi preso pela segunda vez.

Desta vez ficou 2 anos na prisão e neste período publicou sua primeira obra literária de poemas.

A prisão de Agostinho Neto desencadeou uma série de protestos com repercussões internacionais. Realizaram-se encontros; escreveram-se cartas e enviaram-se petições assinadas por intelectuais franceses de primeiro plano, como Jean-Paul Sartre, André Mauriac, Aragon e Simone de Beauvoir, pelo poeta cubano Nicolás Gullén e pelo pintor mexicano Diogo Rivera.

Em 1957 foi eleito Prisioneiro Político do Ano pela Amnistia Internacional.

Em 1958, Agostinho Neto finalmente formou-se em Medicina e, casou no próprio dia em que concluiu o curso. Nesse mesmo ano, foi um dos fundadores do Movimento Anticolonial Clandestino (MAC) que reunia grupos das diversas colónias portuguesas.

Em 30 de dezembro de 1959, Agostinho Neto retornou à Angola com a mulher Maria Eugénia e o filho pequeno. Tornou-se lider do MPLA (Movimento Popular pela Libertação de Angola) e nas horas vagas exercia a medicina.

No entanto em 8 de junho de 1960, o director da Policia Internacional e da Defesa do Estado (PIDE) ou policia politica portuguesa que existiu entre 1945 e 1969, veio pessoalmente prender Agostinho Neto em seu consultório em Luanda. A PIDE receava as
consequências que a presença de Agostinho Neto em Angola poderia causar e por isso, o transferiram para uma prisão de Lisboa e mais tarde Cabo Verde onde continuou a exercer a medicina sob constante vigilância política.
Neste período foi eleito Presidente Honorário do MPLA. Novamente preso, foi transferido para a prisão de Aljube em Lisboa em 17 de Outubro de 1961. No entanto, sob forte pressão, as autoridades portuguesas viram-se obrigadas a libertar Agostinho Neto no ano seguinte. Neste momento, o MPLA começou a arquitetar um plano para retirar clandestinamente Agostinho Neto de Portugal, o que ocorreu em julho de 1962 quando ele e sua familia chegaram a Léopoldville, hoje Kinshasa, onde o MPLA tinha sua sede no exterior. No final deste ano foi eleito presidente do MPLA durante a Conferência Nacional do Movimento.

Com a "Revolução dos Cravos" e a derrocada do regime português em 25 de abril de 1974, o MPLA considerou que era o momento ideal para assinar um acordo de cessar-fogo com o Governo Português, o que aconteceu em outubro de 1974.

Agostinho Neto regressou à Luanda no dia 4 de Fevereiro de 1975, sendo alvo da maior manifestação popular já vista em Angola. Passou a dirigir pessoalmente todas as ações a favor da independência de Angola, proclamando uma resistência popular generalizada e em 11 de novembro de 1975, Agostinho Neto proclamou a o independência Nacional da República Popular de Angola.


2 comentários:

Anônimo disse...

bom

Unknown disse...

Nossa verdade história, o nosso heroï