terça-feira, janeiro 28, 2014

A saúde em Angola

Angola está localizada na costa ocidental da África,  um país banhado pelo Oceano Atlântico, que faz fronteira com a República Democrática do Congo, Zâmbia e Namíbia. 

O país conta com parte de seu território localizado geograficamente em outro país, como é o caso da província de Cabinda.     
             
Cabinda é um exclave, ou seja, um território politicamente pertencente a outro, mas ao qual não está ligado fisicamente.



Após a independência de Portugal, em 1975, Angola viveu anos de guerra civil que terminou em 2002. Portanto, há 11 anos o país vive sua reconstrução em paz.

Neste período,Angola desenvolveu-se principalmente nas seguintes áreas:

 Educação e tecnologia:
Ensino Superior em Angola


Possui cursos superiores em todas as 18 províncias   
                         
O número de usuários de internet aumenta todos os anos e em 2010 atingiu um total de 320 mil






Brasil-Angola


Atualmente as empresas brasileiras são as maiores empregadoras de Angola


Forte investimento em formação profissional técnica de jovens, principalmente por meio do Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC), um empreendimento do governo que visa o desenvolvimento do país, com foco na formação de mão-de-obra e na promoção do emprego.


• Recurso a Mediatecas:

Existem quatro Mediatecas em funcionamento, duas em construção e seis em estudo.

As Mediatecas facilitam o acesso à informação e à cultura
As Mediatecas são bibliotecas informatizadas e multimédia, que visam proporcionar a todos os interessados a consulta a serviços e suportes de informação, de caráter geral e cultural, facilitando o acesso à informação e ao conhecimento necessários ao desenvolvimento socioeconómico, alargando o acesso à cultura de forma gratuita

• Desenvolvimento Humano


Angola ainda possui um Índice de Desenvolvimento Humano considerado Baixo pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) de 2012, no qual foi posicionado em 148º lugar dentre 165 países.

Apesar disso, o IDH do país nos anos 2000, 2005, 2007, 2010, 2011 e 2012 aumentou.
Hospital Municipal da Samba - Angola

O período de paz trouxe a construção e reabilitação de 84 hospitais e de 488 centros e postos de saúde. Nestes 11 anos, o setor da saúde tem sido considerado prioritário para o governo segundo o MINSA (Ministério da Saúde). Em 2009 foi feito um grande inquérito sobre a saúde concluindo -se  que 80% a 90% da população angolana já tem acesso a serviços de saúde. Os investimentos são concentrados em 4 principais áreas: infraestrutura, recursos humanos, tecnologia e equipamentos.


Sistema de Saúde em Angola
O sistema de saúde em Angola é basicamente dividido em 3 níveis: primário, secundário e terciário.


  1. A rede primária abrange os postos/centros de saúde e os hospitais municipais. 
  2. A rede secundária contém os hospitais provinciais e regionais. (Essas duas redes são administradas pelos governos provinciais).
  3. A rede terciária é constituída pelos hospitais de referência e nacionais, os centros de cirurgia cardíaca, o centro oftalmológico de Benguela, os centros de hemodiálise e os centros de tratamento oncológico. Essa rede depende do MINSA.
Enquanto o acesso a serviços de saúde não chega a determinadas regiões,é substituído por clínicas que atuam de forma complementar às instituições principais de saúde pública.

O atendimento público de saúde em Angola é gratuito e obrigatório, e a rede privada é obrigada a prestar atendimento de primeiros socorros, independentemente do poder aquisitivo do paciente. 



Luanda
O serviço privado de saúde ainda se encontra muito concentrado na sua capital, Luanda (onde vive a maioria da população), mas terá de se expandir por todo o país.
Em Angola há 7 faculdades de medicina, e em 2012 possuía 3.085 médicos. Em Luanda ficam duas delas, uma pública e outra privada. 



Além disso, em todos os centros universitários foram criados hospitais regionais para potencializar os cursos de medicina, que formam 150 médicos por ano. Em 2013, com a abertura de novas faculdades, este número deve chegar a 250-300 médicos, e a meta para os próximos 5 anos é de formar de 500 a 600 médicos por ano.




A taxa de mortalidade infantil também baixou de 150 para 116. A relação atual de médico para habitantes é de 1 para 8 mil, e a meta é atingir 1 para 3 mil nos próximos 4 anos – possibilidade oferecida pela abertura de novas faculdades e centros de pós-graduação.
Cuidados de Saúde Infantil


O Programa de Municipalização dos Serviços de Saúde é estratégico para o setor de saúde pois permite maior acessibilidade aos serviços básicos ao aproximá-los do cidadão, chegando até onde as pessoas estão, nas comunas, nos bairros, nas aldeias, nos municípios etc., a fim de fazer com que o controle das doenças endémicas esteja mais próximo da comunidade, pois é nesse nível primário (municipal) que se faz a promoção da saúde e a prevenção de doenças. 



Os outros níveis devem dedicar-se a patologias mais graves.


Com isso, os serviços básicos foram descentralizados e agora estão integrados ao Programa Integrado de Desenvolvimento Rural de Combate à Pobreza (programa multisetorial, que envolve também Educação, Agricultura e Promoção da Mulher). A intenção é que os ganhos na saúde sejam massificados, pois há vários fatores externos ao setor da saúde que influenciam em seus indicadores. 

No tratamento de doenças endémicas, o Estado subvenciona 100% dos medicamentos. 

Este programa está ligado a um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio definidos pela ONU, que é a redução da fome e da pobreza em Angola. O combate à malária e à SIDA também faz parte desses Objetivos.


Redes mosqueteiras: combate à malária
A malária ainda é um grande desafio para as autoridades de saúde de Angola, que aposta na distribuição de redes mosqueteiras e inseticidas/repelentes, com especial atenção às grávidas, aos idosos e às crianças. Em 2011, 97,5% das mortes causadas pela malária aconteceram na África, onde medicamentos e uma vacina e estão sendo testados em vários países do continente. 


Em relação à malária, Angola é considerado um país endémico pela OMS, que apontou que, em 2011, das cerca de 107 mil mortes ocorridas no mundo por causa da malária, 6.909 foram em Angola. Em 1999 esse número era 25 mil.



Segundo o Relatório de Monitorização do Desenvolvimento dos Objetivos do Milénio (Banco mundial e FMI) de 2011, Angola aproxima-se do cumprimento de boa parte destes objetivos, e foi considerado o único país a estar muito perto de atingir a meta para o saneamento básico.


Principais metas do MINSA

controle e a luta contra doenças endemo-epidémicas;
promover o desenvolvimento sanitário do país, bem como dos recursos humanos;
Estilo de vida saudável
Infraestruturas de saneamento


promover a saúde da população vulnerável, principalmente mulheres e crianças, e garantir a equidade e acessibilidade aos cuidados de saúde;
estimular um estilo de vida que garanta a qualidade, a interação com o meio ambiente e a alimentação saudável, divulgando conhecimentos para a modificação de comportamentos;
coordenar a mobilização social e os recursos para o desenvolvimento da saúde.


Bibliografia:

http://www.minsa.gov.ao/
http://en.wikipedia.org/wiki/Angola
http://eportuguese.blogspot.com/2013/11/11-de-novembro-angola-comemora-38-anos_11.html
http://eportuguese.blogspot.com/2013/04/7-de-abril-dia-mundial-da-saude-angola.html
http://eportuguese.blogspot.com/2011/08/slideshow-passeio-parte-i-angola.html



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