domingo, dezembro 21, 2008

Redução da Mortalidade Materna e Neonatal em ST&P

Na sessão de apresentação do “Roteiro Nacional sobre a Redução da Mortalidade Materna e Neonatal”, na quarta-feira, 3 de Dezembro, o ministro são-tomense da Saúde, Arlindo Carvalho, lançou um desafio: “o da criação de um grupo multisectorial que possa funcionar como um Observatório da Mortalidade Materna e Neo Natal e de forma crítica chamar a atenção dos decisores e executores deste programa para os desafios em curso e os possíveis desvios no cumprimento dos objectivos traçados”.

O objectivo do “Roteiro” é «acelerar a redução da mortalidade materna e infantil e contribuir para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio na região africana». Os objectivos específicos são:

  • assegurar a disponibilidade e a utilização de Cuidados Obstétricos de Urgência (COU) em todos os distritos

  • assegurar que todas as unidades sanitárias prestadoras de COU e neonatal tenham pessoal qualificado

  • reforçar o sistema de saúde para melhor atender às necessidades da saúde materna neonatal

  • criar e implementar mecanismos que garantam o funcionamento eficiente do sistema de referência e contra referência

  • reforçar as capacidades dos indivíduos, famílias e das comunidades para melhorar a saúde materna e infantil

As taxas de mortalidade materna e perinatal em África continuam a aumentar em vez de diminuir. A taxa média de mortalidade materna na região africana aumentou de 870 mortes por 100 mil nascidos vivos em 1990 para atingir 1000 mortes por 100 mil nascidos vivos em 2001. O continente africano possui a taxa de mortalidade neonatal mais elevada do mundo, em torno de 45 mortes por cada 1000 nascidos vivos.

No seu tempo de vida, uma mulher da África subsariana tem um risco 1 em 16 de morte durante a gravidez ou parto, comparado com 1 em 2800 em relação ao mundo desenvolvido.

A implementação dos programas de saúde materna e infantil é confrontada com alguns desafios, nomeadamente falta de engajamento nacional e de apoio financeiro, fraca coordenação dos parceiros e mau funcionamento dos sistemas de saúde.

O “Roteiro”, apresentado pela Dra Maria Quaresma, Administradora do Programa de Saúde Familiar (FHP) da Equipa da OMS em São Tomé e Principe, visa revitalizar os esforços para a melhoria do cenário, construir uma parceria estratégica afim de aumentar os investimentos na saúde materna e neonatal ao nível nacional e programático.

Dr. Pierre Kahozi-Sangwa, Representante da OMS no país assegurou, em nome dos parceiros, que sob a liderança nacional vão implementar este “Roteiro” que ele comparou com a Bíblia e a Constituição em matéria de luta contra a morte materna.

Entretanto, Joaquim Rafael Branco frisou que a atitude das instituições e de cada um em relação aos problemas é que vai fazer a diferença.

Fica a convicção de que São Tomé e Príncipe pode cumprir o Objectivo nº5 do Desenvolvimento do Milénio.


Para maiores informações, contactar Dr Maria Quaresma - quaresmam@st.afro.who.int
Dr. Claudina Cruz - cruzc@st.afro.who.int
OMS - São Tomé e Príncipe







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