terça-feira, abril 29, 2008

Vem aí os jogos de Países de Língua Portuguesa

O Rio de Janeiro será palco da 6ª edição dos Jogos Desportivos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A cada dois anos, um dos países é responsável por sediar os jogos desportivos que acontecem desde 1992.

O evento será realizado de 26 de julho a 1º de agosto de 2008 e contará com a participação de cerca de 700 atletas representantes dos oito países de lingua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste).

No Brasil o evento é apoiado pela Secretaria de Alto Rendimento do Ministério do Esporte em parceria com a Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE).

As competições serão realizadas durante sete dias na Escola de Educação Física do Exército, na Fortaleza de São Sebastião, na Urca.

As disputas envolvem as modalidades de handebol (masculino), basquete (feminino), futebol (masculino), tênis (masculino e feminino), vôlei de praia (masculino e feminino) e atletismo para portadores de deficiências visuais.

Cada delegação poderá participar com até 93 integrantes, entre atletas, técnicos e dirigentes.

O Brasil foi o campeão de 2006 e esta é a terceira vez que o Brasil participa dos Jogos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Para saber mais:
http://www.sportmarketing.com.br/2008/03/vem-os-jogos-dos-pases-de-lngua.html

quinta-feira, abril 24, 2008

Acesso Aberto à publicações científicas

O apoio ao movimento mundial de Acesso Aberto às publicações científicas levou professores e pesquisadores acadêmicos da Faculdade de Artes e Ciências da Universidade de Harvard a votarem no dia 12 de fevereiro de 2008 uma política a favor do acesso aberto (livre) para a produção científica da Universidade.

Com esta decisão, a partir de agora, os pesquisadores de Harvard darão à Universidade uma licença para divulgar seus trabalhos livremente na internet, sem fins lucrativos, resguardando seus direitos autorais. Por seu lado, a universidade disponibilizará um repositório de acesso livre aos artigos científicos de seus pesquisadores. Isso não impede que os autores continuem a publicar seus artigos e pesquisas em periódicos de alto impacto e com acesso controlado.

O argumento discutido pela comunidade acadêmica de Harvard é de que, embora os periódicos científicos tenham a função de divulgar o conhecimento científico de forma ampla, os resultados de pesquisa financiados pela Universidade publicados por eles, nem sempre estão disponíveis livremente para os pesquisadores da instituição e, não raro, para os próprios autores.

Como afirmou um dos professores da Faculdade, o sistema de publicação de periódicos científicos tornou-se muito restritivo e com o custo crescente de assinaturas, o acesso às publicações fica cada vez mais difícil para muitas instituições.

Esta iniciativa é importante para os países em desenvolvimento tanto para a democratização do acesso á informação científica como para fortalecer as políticas e programas de acesso aberto como são as iniciativas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SciELO.

Esta é uma politica pioneira nos Estados Unidos, embora haja outras 38 iniciativas semelhantes em outros países, tais como o repositório ROARMAP (Registry of Open Access Repository Material Archiving Policies) que registra políticas institucionais ou nacionais de acesso aberto existentes ao redor do mundo, geradas inicialmente por agências de financiamento e conselhos de pesquisa como as do National Institutes of Health, nos Estados Unidos e a do Wellcome trust na Inglaterra.

Noticia publicada na Newsletter da BIREME em 03 de março de 2008.

terça-feira, abril 22, 2008

Representante da OMS discute acesso ao tratamento anti-retroviral

Atualmente, cerca de 3 milhões de pessoas no mundo estão em tratamento para HIV/Aids, o que representa um aumento de dez vezes em cinco anos. No entanto, apenas 30% das pessoas que necessitam tratamento são atendidos hoje. Por isso, constitui um desafio para os países ampliar o acesso aos medicamentos, que tem sido prejudicado pelas iniqüidades sociais. O alerta foi feito nesta quinta-feira (17/4) pelo infectologista Marco Vitória, do Departamento de HIV/Aids da Organização Mundial de Saúde (OMS), durante o 2º Congresso da CPLP sobre DST/Aids, no Rio de Janeiro.
Sobre as iniqüidades, o médico citou o caso da África Subsaariana, que reúne 11% da população mundial e concentra mais de 60% dos indivíduos vivendo com HIV/Aids, embora conte com apenas 3% dos profissionais de saúde. Segundo cálculos do palestrante, há um médico para cada 390 habitantes nos Estados Unidos, enquanto em Moçambique esta proporção é de um para 33 mil.
Marco Vitória lembrou ainda que, no mundo todo 6.800 pessoas são infectadas pelo HIV diariamente e 5,7 mil morrem em decorrência da doença. Para solucionar o problema, é preciso investir em prevenção e no acesso aos anti-retrovirais. Segundo o palestrante, além do avanço em saúde pública, este investimento traz também benefícios econômicos. “Tem sido observado em alguns países que a ampliação do acesso aos medicamentos tem sido acompanhada por uma retomada do crescimento do PIB”, disse.


quinta-feira, abril 17, 2008

TELEDERMATOLOGIA

O surgimento da telemedicina tem oferecido a médicos e agentes de saúde a possibilidade de obter em áreas remotas uma segunda opinião especializada além de aumentar a interação entre profissionais diminuindo a sensação de estar sozinho.

O isolamento e a falta de médicos especialistas em pequenas cidades e em áreas rurais dificultam a realização de um diagnóstico adequado e do manejo apropriado de diversas doenças.

Na área da dermatologia, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) no Brasil, através do seu grupo de trabalho em eHealth, vem desenvolvendo um projeto em teledermatologia na região Amazônica, no extremo norte do país.

Coordenado pela Profa. Maria Helena Itaqui Lopes do grupo de Telemedicina da Faculdade de Medicina, pela Profa. Thais Russomano do Laboratório de Telemedicina do Centro de Microgravidade e pelo Ir. Edson Huttner do núcleo de Pesquisa e Cultura Indígena, o projeto conta com a participação de uma equipe multidisciplinar de profissionais das áreas da saúde, liderada pelo Dr. Eder Huttner e pelo responsável técnico Ricardo Cardoso.

O objetivo principal deste projeto foi o de avaliar casos de dermatoses de moradores da região de Ji-paraná, no estado de Rondônia, uma região endêmica de malária.

Em janeiro de 2007, foi realizada uma campanha de diagnóstico e prevenção de doenças dermatológicas pela PUCRS e Secretaria Municipal de Saúde local.

A região é remota e de dificil acesso especialmente em dias de chuva, quando as estradas ficam quase intransitáveis.

Durante o atendimento, foram realizadas fotografias das lesões dermatológicas, com preenchimento de prontuário eletrônico referente à anamnese do paciente.

Sem acesso à Internet no posto de saúde, as informações do prontuário e as fotografias eram enviados para o especialista somente após atendimento.

Como funciona a TELEMEDICINA


O processo se inicia pela lesão do paciente sendo fotografada e logo a seguir remetidas para o dermatologista e patologista localizados no Rio Grande do Sul. De posse de um diagnóstico, o laudo é então enviado de volta por meio de criptografia digital.

De acordo com a American Telemedicine Association (ATA) (http://www.americantelemed.org/), a Telemedicina é "o uso de informação médica veiculada de um local para outro, por meio de comunicação eletrônica, visando à saúde e à educação dos pacientes e do profissional médico, para assim melhorar a assistência de saúde"

Mas telemedicina é simplesmente medicina à distância. Ou seja, o uso de tecnologia de informação e comunicação para que centros rurais e distantes possam consultar especialistas, enviar exames histopatolóogicos, RX e fotos de lesões para obter uma segunda opinião ou simplesmente consultar colegas que estejam em outros centros médicos.

Atualmente, já existem experiências bem sucedidas com tratamento e até intervenções cirúrgicas feitas à distância. As possibilidades são enormes e crescem a cada dia.

Com certeza, a telemedicina tem o enorme potencial de aumentar o acesso a serviços de saúde. Atendimentos e diagnósticos que antes só eram possíveis em centros de maior complexidade, podem, com o advento desta tecnologia, ser realizados em nível local e mesmo comunitário. Da mesma forma, especialista em hospitais centrais e centros especializados passam a ter acesso a um maior numero de casos, aumentando sua experiência e expertise.

Naturalmente, porém, a telemedicina não pode ser vista apenas como a instalação de novos equipamentos e treinamento de recursos humanos para operá-los. Para fazer uso de seu pleno potencial, é necessário que exista uma mudança de atitude dentro dos sistemas e políticas de saúde públicos e privados, bem como uma melhor aceitação de profissionais de diversas áreas da saúde deste novo conceito, os quais devem saber otimizar o uso desta nova tecnologia.
Existem vários sites que podem ajudar a entender melhor a TELEMEDICINA. Explore.

A iniciativa ePORTUGUÊSe está buscando alternativas na área da telemedicina para integrar os 8 países de língua portuguesa.



Matéria enviada pela Profa. Dra Thais Russomano, PhD
Médica Aeroespacial e Professora PUCRS
Coordenadora do Centro de Microgravidade/FENG-PUCRS.

terça-feira, abril 15, 2008

Congresso sobre Aids reúne representantes dos países de língua portuguesa no Rio

14 a 17 de abril de 2008
Rio de Janeiro

Quase 70% das pessoas infectadas pelo HIV no mundo vivem no continente africano, o mais afetado pela Aids.
Só em 2007, estima-se que ocorreram mais de 1,7 milhões de novas infecções. As estimativas do Brasil são de que existem cerca de 600 mil pessoas vivendo atualmente com Aids.


A doença é, portanto, um enorme desafio para os países em desenvolvimento, que devem intensificar a cooperação entre si na busca de uma solução para o problema.

Nesse contexto, ao final do primeiro Congresso da CPLP sobre DST/Aids, que ocorreu em Angola em 2005, os países de língua portuguesa assinaram a Carta de Luanda, comprometendo-se a buscar políticas e estratégias de combate às DST/Aids.

O segundo congresso, que está atualmente ocorrendo no Rio de Janeiro representa a consolidação dessa política e tem como objetivo principal analisar a situação de cada um dos países em relação a essas doenças e avaliar as dificuldades encontradas na implementação de planos estratégicos, além de fortalecer as parcerias.

O evento discutirá aspectos clínicos, epidemiológicos e sociais, bem como estratégias de prevenção e desenvolvimento de vacinas e técnicas de diagnóstico no campo das DST e da Aids, assim como resultados de pesquisas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.


Maiores informações: http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1711&sid=9

sexta-feira, abril 11, 2008

ANGOLA: O estigma na tela do cinema

ONDJIVA, 22 Fevereiro 2008 (PlusNews)

A bordo de um jipe 4x4, quatro pessoas enfrentam o calor, a poeira e uma estrada esburacada na província do Kunene, a quase 1.500 km ao sul da capital Luanda.

O cineasta namibiano Richard Pakleppa, a activista seropositiva Maria Henda, o productor Sérgio Afonso e o engenheiro de som Uliengue Almeida circulam de vila em vila à procura de pessoas vivendo com HIV que queiram contar sua história para uma câmera.

O Kunene tem a seroprevalência mais alta de Angola: 10,4 por cento, segundo dados oficiais.
As consequências estão à vista: a SIDA deixou órfãs muitas crianças nas aldeias, muitas pessoas faleceram e deixaram para trás kimbos (casas tradicionais) abandonados no meio da savana, onde imensos cupinzeiros, conhecidos como morros de salalé, crescem com estranhas formas.


O jipe chega à vila de Ombala-yo-mungo, a cerca de 110 km de Ondjiva, capital do Kunene.
As histórias tristes não demoram a aparecer. Um homem de 40 anos, seropositivo, abandonado pela esposa, que o deixou com três filhos, está doente e a família não tem o que comer. Ao final da entrevista, ele pergunta se alguém não quer adoptar as crianças.


Uma menina de cinco anos, seropositiva, que perdeu os pais para a SIDA, não pode ir à escola porque os colegas não querem chegar perto dela.

Em outra aldeia do Kunene, Maria Henda, que é a entrevistadora no documentário, conversa com uma de quatro irmãs órfãs. Ninguém da família quis assumi-las e elas vivem sem o apoio da comunidade. A moça chora ao dar o depoimento. Maria Henda se lembra da sua própria experiência de rejeição e chora também.

Poeira, fadiga e expectativa

Em dois meses de gravação, Pakleppa e sua equipa rodaram mais de dois mil quilómetros nas províncias de Luanda, Benguela, Huíla e Kunene.

O documentário sobre pessoas vivendo com HIV/SIDA, ainda sem nome, é financiado por um consórcio de organizações não-governamentais, entre elas a irlandesa Trócaire, a dinamarquesa Íbis, a Caritas espanhola, a norte-americana Catholic Relief Services, além do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF).

Segundo o oficial do Programa de HIV/Sida e Género da Trócaire, Jordão António, o documentário será uma ferramenta de trabalho para activistas e educadores na área de HIV/SIDA.

Além das versões em português e inglês, o filme será dublado nas línguas nacionais umbundu, kimbundu, nhaneka-umbi e kwanhama. A trilha sonora será composta pelo famoso músico angolano Paulo Flores.

Noticia completa: http://www.plusnews.org/pt/Report.aspx?ReportId=76887