terça-feira, maio 05, 2009

O QUE O PÚBLICO DEVE SABER SOBRE A PREVENÇÃO DA GRIPE A (H1N1)

1. Introdução

Considerando que a gripe A (H1N1) foi assinalada em vários países de outras regiões, é possível que se propague em breve a países da Região Africana.

A Sede Regional Africana da Organização Mundial da Saúde (OMS/AFRO) compilou as informações que se apresentam abaixo para facilitar a elaboração, divulgação e utilização de mensagens-chave sobre a gripe A (H1N1) ao nível dos países.

Estas informações devem servir de complemento a outros documentos da OMS que estão a ser utilizados para apoiar os países a responderem eficazmente à gripe A (H1N1).

O presente documento foi concebido para servir de referência a todos quantos desenvolvam actividades de Promoção da Saúde relacionadas com a prevenção e o controlo da doença.

2. Aspectos a ter em consideração na elaboração de mensagens sobre a gripe A (H1N1) destinadas ao público

As informações devem ser transmitidas ao público com a maior brevidade possível, para facilitar a preparação e resposta à gripe A (H1N1).

As informações devem ser adaptadas a circunstâncias socioeconómicas específicas, em especial a cultura e língua local.

As mensagens devem ser precisas e simples e devem ser testadas previamente no que se refere à sua facilidade de compreensão e pertinência.

3. O que é a gripe A (H1N1)?

A gripe A (H1N1) é uma doença causada por um vírus que afecta o sistema respiratório.

Os sintomas da gripe A (H1N1) são:
Ø Febre alta
Ø Tosse e/ou dores de garganta
Ø Dores no corpo
Ø Dores de cabeça, calafrios e cansaço
Ø Vómitos e diarreia, em alguns casos

Entre as complicações da doença referem-se pneumonia e dificuldade em respirar

4. Como se espalha a gripe A (H1N1)?

Os vírus da gripe propagam-se sobretudo de pessoa a pessoa, através de pequenas gotas que são projectadas ao tossir ou espirrar.
Por vezes, as pessoas contraem a infecção quando tocam em superfícies ou pegam em objectos contaminados com os vírus da gripe (por exp., mãos, maçanetas das portas, lenços de tecido e de papel) e depois tocam na boca ou no nariz.

5. Como se trata a gripe A (H1N1)?

De momento não há uma vacina disponível. Está em curso investigação com vista à produção de uma vacina.

A administração de antivirais (medicamentos utilizados para tratar as infecções virais) pode atenuar a doença e permitir uma recuperação mais rápida. Tamiflu é um dos medicamentos eficazes.

Os antivirais também são eficazes na prevenção de complicações graves da gripe.

Os medicamentos antivirais são mais eficazes se começarem a ser tomados pouco tempo depois de se ficar doente (nos primeiros dois dias a seguir ao aparecimento dos sintomas).

Os doentes tratados com antivirais normalmente recuperam completamente, não se tendo documentado resistência aos medicamentos recomendados para o tratamento da gripe A (H1N1).

Os agentes da saúde devem tomar decisões sobre o tratamento com base na análise clínica e epidemiológica. Devem dedicar especial atenção aos doentes com complicações.

6. Como pode uma pessoa que está em contacto com um doente ou que tem grandes probabilidades de vir a estar exposto a uma pessoa doente evitar ficar infectada?

Recomenda-se vivamente que se lave regularmente as mãos com água e sabão (ou esfregue as mãos com um líquido antiséptico à base de álcool, se houver).

Deve-se manter uma distância de pelo menos dois metros (seis pés) da pessoa infectada, de forma a não entrar em contacto com pequenas gotas das secreções dessa pessoa.

No caso de se ter estado em contacto com uma pessoa doente ou com superfícies ou objectos que podem estar contaminados, não se deve tocar nos olhos, nariz ou boca sem lavar primeiro as mãos.

Deve ser evitado o contacto directo com uma pessoa doente; aconselha-se a evitar apertar a mão, dar beijos e abraços enquanto durar o surto de uma doença.
Se cuidar de uma pessoa doente, ponha uma máscara, de acordo com os procedimentos recomendados pelas autoridades sanitárias nacionais.

Para reforçar o sistema imunitário, as pessoas devem desenvolver actividade física, beber muitos líquidos, comer bem, reduzir o nível de stress e dormir bem.

7. O que podem fazer as pessoas com a gripe A (H1N1) para evitar contagiar outras pessoas?

Devem cobrir a boca com um pano ou lenço de papel ao espirrar ou tossir; o lenço de papel deve ser descartado com as devidas precauções e o pano ou lenço de tecido deve ser lavado com sabão, posto a secar e substituído com a necessária frequência.

A pessoa infectada deve pôr uma máscara quando estiver em contacto com outras pessoas.

Os lenços de papel, panos, lenços de tecido e outros materiais usados pela pessoa que está doente para limpar o nariz e a boca não devem ser usados por outras pessoas.

Se não tiver um lenço de papel ou de tecido, a pessoa doente deve espirrar ou tossir para a dobra do braço oposta ao cotovelo e não para as mãos, que podem contaminar superfícies ou objectos aos serem tocados.

As pessoas que estão doentes devem permanecer em casa e limitar o contacto com os outros, tanto quanto possível.

As pessoas devem procurar assistência médica imediatamente se suspeitarem de infecção, notem sintomas ou quando sejam aconselhadas a fazê-lo por um agente da saúde.

8. O que devem fazer as comunidades para ajudar a prevenir a propagação da gripe A (H1N1)?

Certificar-se que os membros da comunidade sabem como prevenir a propagação da gripe, quais os sintomas da doença e o que fazer no caso de infecção.

Assegurar a prestação de cuidados às pessoas que estiverem infectadas com o vírus.

Aplicar a distância social, isolamento ou quarentena quando os agentes da saúde assim o determinarem (segundo as autoridades sanitárias).

Estabelecer contacto com a unidade de saúde mais próxima que deverá prestar apoio para o tratamento da doença.

Notificar casos suspeitos e óbitos às autoridades sanitárias ou outras autoridades competentes.

9. Caso tenha algum dos sintomas acima mencionados devem contactar a unidade de saúde mais próxima ou ligar para os números que forem anunciados pelas autoridades sanitárias a nível da sua localidade.



Informação enviada por José Caetano
Escritório de representação da OMS em Angola

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