quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Medicamentos contrafeitos (falsificados) - um desafio para a Saúde Pública

Depois do trafico de drogas e armas, as quadrilhas internacionais voltam-se para o trafico de medicamentos falsificados (contrafeitos).

Segundo a Interpol (polícia internacional) as fábricas clandestinas de medicamentos utilizam principalmente a farinha de trigo e o bicarbonato de sódio como matéria prima colocando em risco a vida daqueles que precisam de tratamento contra o câncer e pressão alta entre outros. No entanto, todas as classes de medicamentos são alvo de falsificação, desde os medicamentos para tratamento de situações de risco de vida até os analgésicos e anti-histamínicos.

A falsificação de medicamentos é um problema crescente de saúde pública que atinge vários países. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), na África, onde 80% dos medicamentos são importados pode-se encontrar até 30% de medicamentos falsificados (contrafeitos) devido a falta de mecanismos de controle e análise. Mas há também um grande mercado na Ásia e América Latina.

De acordo com o Centro de Medicamentos no Interesse Público, sediado nos EUA, a venda de remédios falsificados movimentará 75 bilhões de dólares em 2010, um aumento de mais de 90% em comparação a 2005.

O comércio de medicamentos ilegais e remédios falsificados (contrafeitos) teve um aumento importante com o aumento das vendas pela Internet. A maioria dos consumidores não tem consciência dos riscos que corre ao comprar medicamentos através da Internet.

Segundo a Swissinfo.ch pelo menos 50 mil remessas chegam anualmente na Suiça através do correio. Grande parte refere-se a medicamentos para aumentar a potência sexual ou para emagrecer. Confiando no constrangimento e na timidez dos consumidores, "farmácias eletrônicas" duvidosas inundam a Internet e emails com propagandas destes medicamentos. Além disso, a compra confortável sem precisar enfrentar fila no consultório médico atrai cada vez mais pessoas a este tipo de mercado.

Mas os consumidores brincam com sua saúde, adverte o Instituto Suíço de Produtos Terapêuticos (Swissimedic). Ao consumir medicamentos sem conhecer os riscos e efeitos colaterais corre-se o risco de efeitos imprevisíveis e mesmo a morte.

Para ajudar a evitar a venda e distribuição de medicamentos falsificados (contrafeitos) a Escola de Farmácia Genebra-Lausanne e a Faculdade de Engenharia e Arquitetura de Friburgo desenvolveram uma solução única de controle de qualidade para os países em desenvolvimento.

O dispositivo analítico de baixo custo usa a eletroforese capilar, uma técnica reconhecida que separa as moléculas por tamanho e carga elétrica.


Por isso lembre-se:


Os medicamentos falsificados/contrafeitos são encontrados em todo o mundo. Eliminá-los, é um grande desafio em saúde pública.
Os medicamentos falsificados/contrafeitos são medicamentos rotulados de forma incorreta, sendo portanto inseguros.


A confiança da população nos sistemas de saúde pode ser colocada em dúvida com o uso de medicamentos falsificados/contrafeitos.




Tanto os produtos de laboratórios conhecidos e de marca como os medicamentos genéricos estão sujeitos a falsificação.



Os medicamentos contrafeitos podem incluir produtos contendo as substâncias correctas ou incorrectas, desprovidos de substâncias ativas, com quantidades insuficientes ou excessivas de substância ativa ou com uma embalagem falsa.



www.swissinfo.ch
http://G1Globo.com

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