quarta-feira, setembro 15, 2010

Semana da 'Doença Invisível': Conscientização da Doença Crónica

National Invisible Chronic Illness Awareness Week

13 a 20 Setembro de 2010



O impacto das doenças invisíveis no mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que as doenças crónicas, como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o cancro (câncer) e as doenças respiratórias, representam cerca de 59 % do total de 57 milhões de mortes por ano e 46 % do total de doenças. Estes números são tanto para os países desenvolvidos como os países em desenvolvimento, embora a maioria dos casos se encontrem em locais de baixa renda.  

O crescimento das doenças crónicas se reflete nos processos de industrialização, urbanismo, desenvolvimento económico e globalização alimentar, que contribuem para as  alterações dos hábitos alimentares; aumento do sedentarismo, consumo de tabaco e alcool.

Cerca de metade das mortes causadas por doenças crónicas está diretamente associada às doenças cardiovasculares.

Mas por que as doenças crónicas têm um impacto tão grande na saúde?

Com o crescimento econômico, industrialização e globalização, os hábitos alimentares de todo o mundo alterou-se significativamente. As pessoas passaram a consumir alimentos mais calóricos, com elevado teor de açúcar, gorduras saturadas, e excessivamente salgados.

Quais são os fatores de risco desta alimentação?

Aumento do colesterol;
Aumento da pressão arterial;
Obesidade;
Tabagismo;
Consumo de álcool.

O Sudeste Asiático é uma das areas do mundo que mais apresenta doenças crónicas. Mais de 51% de todas as mortes na região são atribuídas a doenças crónicas.

Timor-Leste é o único país de lingua portuguesa no Sudeste Asiático e as mulheres timorenses entre 30 a 40 anos são as que mais sofrem com a obesidade segundo o inquérito demográfico. (Timor-Leste 2003 Demographic and Health Survey, 2004).

Fighter not a Victim -
foto do 'Face to Face with Chronic Illness' OMS


Mas nem tudo é tão mórbido. O objetivo da semana da 'Doença Invisível' não é apenas abrir as portas à conscientização, mas também alertar que é possível viver uma vida normal mesmo possuindo algumas destas doenças. Através da alteração do seu estilo de vida, poderá com tempo, reduzir os riscos relacionados às doenças crónicas.


Segundo Milton Franzolin do Brasil, que trabalhou durante dois anos como voluntário na Associação de Diabetes Juvenil em São Paulo (antes de ser diagnosticado com diabetes), desenvolveu um programa que permite que as crianças com diabetes possam continuar a participar em desportos com segurança.

"Meu objetivo é provar que é possível viver uma vida normal e ser fisicamente competitivo mesmo se você tem diabetes ", explica ele.

Mais do que nunca, Milton está convencido de que a conscientização é fundamental para manter a saúde e evitar complicações. Ele acredita que ter sido diagnosticado com diabetes foi a melhor coisa que já lhe aconteceu. Sente que seu trabalho pode fazer a diferença na vida de outras pessoas. "É um privilégio poder ser capaz de influenciar a vida das pessoas, principalmente as dos jovens". Ele encoraja outros a fazerem o mesmo.
A conscientização sobre a doença invisível está crescendo cada vez mais. Este ano haverá cinco dias de conferências virtuais com 20 seminários e centenas de pessoas a escreverem blogs sobre as suas experiências.

Copie o código apresentado nesta página e exponha no seu blog, MySpace ou Facebook, o crachá para mostrar a sua solidariedade.

Click aqui para ter acesso às conferências virtuais e para adquirir mais informações (em inglês).

(Fonte: Preventing Cronic Diseases' da OMS).

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