quarta-feira, novembro 30, 2011

1 de dezembro - Dia Mundial da Luta Contra a Sida - Relatório aponta progressos importantes em 2010

1 de Dezembro
Dia Mundial da Luta Contra a Sida


2010 foi um ano importante!



Segundoo Relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas para VIH/SIDA (UNAIDS), divulgado no dia 21 de novembro de 2011, em 2010, a resposta à SIDA teve grandes progressos tanto na liderança política dos países e governaça da epidemia quanto aos resultados alcançados de resposta à SIDA.

Para começar, o número de novas infecções e mortes relacionadas com a SIDA diminuíram em 21% se comparado com o período entre 1997 e 2005.

O aumento do acesso a tratamento eficaz evitou 2.5 milhões de mortes desde 1995, nos países de baixo e médio rendimento.


Segundo Michel Sidibé, Diretor Executivo da UNAIDS, mesmo diante de uma crise financeira muito difícil, os países continuram a produzir resultados animadores na resposta à SIDA. “Temos assistido a uma escalada massiva no acesso ao tratamento do VIH, o que tem tido um efeito dramático sobre a vida das pessoas em toda a parte.”
De acordo com as estimativas da UNAIDS e da Organização Mundial da Saúde (OMS), 47% dos quase 14,2 milhões de pessoas elegíveis para o tratamento antiretroviral contra a SIDA, em países de baixo e médio rendimento, tinham acesso em 2010, à terapia anti-retroviral. Um aumento de 1,35 milhões de pessoas sde 2009.


Além do impacto na redução do número de mortes e no aumento da esperança de vida entre as pessoas infectadas, o relatório chama a atenção para a existência de sinais precoces que parecem indicar um impacto significativo do tratamento na redução do número de novas infecções por VIH.


Pela primeira vez, há sinais de que o tratamento está reduzindo a carga viral de uma pessoa infectada para níveis praticamente imperceptíveis, e oo risco de transmissão a um parceiro não infectado é, igualmente, reduzido.


Estudos recentes mostram que o tratamento pode reduzir em até 96% o risco de transmissão entre casais.


O mesmo se dá para a transmissão vertical (de mãe para filho) que também é reduzido.


Um bom exemplo é o que vem ocorrendo em Botswana, onde o acesso ao tratamento contra a SIDA era de menos de 5% em 2000 mas que foi aumentando para valores acima de 80% em 2009 (valor que se tem mantido desde então). Os padrões sexuais se mantém os mesmos e os resultados sugerem que o número de novas infecções caiu entre 30 a 50% do que seria esperado na ausência de terapia anti-retroviral.


Este declínio ou, pelo menos, a estabilização do número de novas infecções que se regista na maior parte do mundo, também é resultado de mudanças no comportamento sexual, particularmente nos jovens onde se constatou uma diminuição no número de parceiros, aumento do uso do preservativo e um início da atividade sexual mais tardio.




A prevalência do VIH entre os jovens diminuiu em, pelo menos, 21 dos 24 países com uma prevalência nacional de 1% ou superior. Cinco países, Burkina Faso, Congo, Gana, Nigéria e Togo registaram uma queda da prevalência em mais de 25% entre 2001 e 2010, nesta faixa etária.


Vários estudos estimam que teria havido, no Zimbabué, um número adicional de 35 000 novas infecções por ano, se estas mudanças no comportamento não se tivessem verificado.


A circuncisão masculina também começa a contribuir para o declínio de novas infecções. Estudos demonstram que 2 000 novas infecções por VIH foram evitadas entre os homens na província de Nyanza, no Quénia, após o aumento da circuncisão masculina voluntária.


Investimentos mais inteligentes para oferecer melhores soluções.

A UNAIDS definiu um novo quadro estratégico de investimentos para a SIDA, focado nas comunidades e não no vírus.


Este quadro é baseado em seis atividades essenciais:


1) - intervenções dirigidas às populações em maior risco, particularmente os trabalhadores do sexo e seus clientes, homens que têm sexo com outros homens e utilizadores de drogas injetáveis;

2) - prevenção de novas infecções em crianças;

3) - programas de mudança de comportamento;

4) - promoção do uso e distribuição de preservativos;

5) -  tratamento, cuidados e apoio para pessoas que vivem com o VIH;

6) - circuncisão médica masculina voluntária em países com alta prevalência do vírus;

 


O relatório em inglês pode ser lido na íntegra aqui: 

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