domingo, novembro 02, 2014

Eletricidade a partir da goma de mascar, será possível?

Engenheiros têm aproveitado a energia da mastigação para transformá-la em eletricidade. 

Segundo eles, um mecanismo criado poderá um dia substituir as baterias dos aparelhos, fones de ouvido e outros dispositivos de audição.


Goma de Mascar: chicletes



Como assim?


Força da mastigação
Feito de um material
"inteligente" que torna-se eletricamente carregado quando esticado, porém para gerar quantidades consideráveis de energia, o protótipo deverá ser 20 vezes mais eficiente. 
Os pesquisadores afirmam que é possível conseguir isso, adicionando camadas do material.

Dr Aidin Delnavaz e Dr. Jeremie Voix, engenheiros mecânicos na École de Technologie Supérieure, em Montreal, no Canadá, sugerem que os movimentos da mandíbula são um candidato promissor para a captação de energia natural. 

Este grupo de pesquisadores trabalham com a tecnologia auditiva e estão otimistas em utilizarem esta energia nos aparelhos auditivos, diminuindo a dependência de baterias descartáveis.


Articulação temporomandibular (ATM)


Os pesquisadores perceberam que ao mover a mandibular, o queixo se move mais num movimento longo, portanto, se a pessoa está usando algum equipamento de segurança, então, o queixo estará colhendo uma grande quantidade de energia. Assim, eles decidiram tentar colher esta energia do queixo a partir da mastigação, usando o que é chamado de "efeito piezoelétrico": quando certos materiais são pressionados ou esticados ("piezo" vem da palavra grega pressionar), adquirem uma carga elétrica.


Testes sendo realizados
Para isso, eles criaram uma cinta de material piezoelétrico comercialmente disponível, em seguida, anexaram-o em protetores de orelhas, contornando o queixo de mode confortável, concluindo assim o protótipo da pesquisa. 

Em seguida, analisaram uma pessoa mascando goma de mascar (“chiclete”) durante 60 segundos e encontraram uma medida de até 18 microwatts de energia gerada. Isso pode não parecer muito - e de fato, mesmo alimentando algo tão pequeno como um aparelho auditivo exigiria talvez vinte dessas correias. Mas os pesquisadores dizem que isso pode ser alcançado através da agregação de mais material (compósitos de fibras piezoelétricas- PFC) na cinta.



Poderia ligar um aparelho auditivo por goma de mascar?

Para se ter uma ideia, 20 camadas de PFC, com uma espessura total de 6 mm, seria capaz de alimentar um protetor auditivo inteligente 200 microwatts.

A equipe também está investigando outra matérias-primas mais eficientes. Mas, mesmo com essas melhorias, a ideia provavelmente nunca vai ser transferida para dispositivos que consumam muita energia. Podemos esperar muitas inovações antes inimagináveis num futuro próximo!



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