Neste dia, é preciso fazer muito mais para combater esta doença silenciosa
OMS Hepatite |
Tipos A, B, C, D e E.
Em particular, os tipos B e C podem levar à doença crônica em centenas de milhões de pessoas e, juntos, são a causa mais comum de cirrose hepática e câncer. Nos países em desenvolvimento, as crianças são as mais afetadas, enquanto no mundo industrializado, o vírus encontra-se mais comumente engtre os adultos jovens.
A Hepatite A e E são tipicamente causadas pela ingestão de alimentos ou água contaminados.
A Hepatite B, C e D mais comumente ocorrem como um resultado do contacto com fluidos corporais infectados.
A forma mais comum de transmissão destes vírus é a transfusão de sangue contaminado ou hemoderivados, procedimentos médicos invasivos utilizando equipamentos contaminados. No caso da transmissão de hepatite B, a transmissão vertical de mãe para filho no momento do nascimento tem um valor importante.
Além disso a hepatite B também pode ser transmitida por contato sexual.
Nas tabelas abaixo encontra-se uma síntese das 4 hepatites: A, B, C e D
Hepatite A
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Características
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Cura-se ao fim de 3
a 5 semanas e não evolui para doença crónica.
Raramente exige
internação hospitalar.
Não é fatal.
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Sintomas
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Durante o período de
incubação de 2 a 6 semanas, a doença não se manifesta.
Inicialmente
assemelha-se a uma gripe com febre, mialgias e mal-estar geral, depois
aparece a icterícia, a falta de apetite e os vómitos.
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Tratamento
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Não há um
medicamento específico.
Repouso moderado.
A alimentação deve
ser rica em proteínas e baixa em gorduras.
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Transmissão
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Dá se principalmente
através de alimentos ou de água contaminados por matérias fecais.
Consumo de mariscos
de viveiros contaminados por água de esgotos.
Frutas, vegetais e
saladas ou outros alimentos crus, contaminados por água de esgotos.
Contacto com matéria
fecal.
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Formas de
evitar contágio
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Lavar as mãos após a
utilização da casa de banho (banheiro), de mudar uma fralda e antes de
cozinhar ou comer.
Em determinados países da Ásia, África ou das Américas (Central e do Sul), deve-se beber água filtrada ou mineral engarrafada.
Ingerir alimentos
embalados e evitar o consumo de gelo de origem desconhecida.
No convívio com uma
pessoa infectada, lavar a louça com água quente e não partilhar o vãos sanitário
nem a cama.
Evitar o sexo oral.
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Vacina
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Existe desde 1991
que é administrada em duas doses com intervalo de 6 a 12 meses.
Recomendada para
pessoas que viajam com frequência ou que permanece um longo período em países
onde a doença é comum entre a população.
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Hepatite B
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Características
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Somente em 10%
dos casos, a doença torna-se crónica, mas existem 350 milhões de portadores crónicos
do vírus.
Os doentes crônicos
tem maior risco de desenvolverem hepatites graves, cirrose e câncer de
fígado.
Pode ser fatal.
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Sintomas
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Os primeiros
sintomas são: febre, mal-estar, desconforto, dores abdominais. Mais tarde
surge a icterícia, urina escura (cor de coca cola) e fezes claras.
Pode ser
assintomática em 90 por cento dos casos.
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Tratamento
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A forma aguda da
doença é tratada com repouso.
Na hepatite crônica,
utilizam-se medicamentos específicos durante 6 a 12 meses.
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Transmissão
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Através do contato
com sangue contaminado como em: partilha de seringas e outros materiais
usados por usuários de drogas intravenosas; tatuagens, acupuntura,
transfusões de sangue e derivados, contato sexual e transmissão
materno-fetal.
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Formas de evitar contágio
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Evitar o contato com
sangue infectado, não partilhar objetos cortantes e perfurantes que possam
ter estado em contato com sangue contaminado, nem seringas e outros objetos
utilizados na preparação e consumo de drogas injetáveis e inaláveis e usar
sempre preservativo nas relações sexuais.
Deve-se ter cuidado
com piercings, tatuagens e acupuntura certificando-se de que o material seja
descartável.
Os familiares dos
portadores da Hepatite B devem vacinar-se.
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Vacina
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É administrada em
três doses e pode ser tomada por todos, desde que não estejam já infectados
com o VHB.
Os recém-nascidos
devem ser vacinados ao nascimento.
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Hepatite C
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Características
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A infecção pelo VHC
evolui para uma hepatite crônica em 80% dos casos.
O maior grupo de
risco são os consumidores de drogas injetáveis e as pessoas que receberam transfusão
de sangue antes de 1992.
Pode evoluir para
uma doença hepática grave, sendo a principal causa do câncer de fígado.
Pode ser fatal.
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Sintomas
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Não há sintomas em 75%
dos casos.
Mas os principais
sintomas são a letargia, mal-estar geral e intestinal, febre, perda de
apetite, intolerância ao álcool, dores na zona do fígado e, muito raramente,
icterícia.
O indivíduo com
infecção crônica pode não ter nenhum sintoma e, no entanto, estar a
desenvolver uma cirrose ou um câncer do fígado.
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Tratamento
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O tratamento da
hepatite C crônica é para reduzir a multiplicação do vírus e estimular a
destruição das células afetadas.
Em situações mais
graves, de doença hepática avançada, é necessário fazer um transplante de
fígado (o risco de recidiva é de 90 a 100%).
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Transmissão
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Através de sangue ou
produtos sanguíneos contaminados.
A transmissão por
via sexual é rara, mas pode ocorrer.
Existe um risco de
6% de a mãe infectada transmitir o vírus ao feto.
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Formas de evitar contágio
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Não usar escovas de
dente, lâminas, tesouras ou outros objetos de uso pessoal que possam ter
estado em contato com sangue contaminado.
Não partilhar
seringas e outros objetos usados na preparação de drogas injetáveis e
inaláveis.
Tratar das feridas e protege-las com bandagens.
Usar preservativo
nas relações sexuais, sobretudo se tem vários parceiros.
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Vacina
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Não existe uma
vacina para a hepatite C.
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Hepatite D
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Características
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A infecção pode ser simultânea
com o vírus da hepatite B (co-infecção) ou pode ocorrer depois da pessoa já
ser portadora do vírus da hepatite B (superinfecção).
Na co-infecção, a
hepatite pode ser grave e mesmo fulminante, mas raramente evolui para uma
forma crônica.
Na superinfecção, o VHD
provoca hepatite D grave, evoluindo para hepatite crônica.
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Sintomas
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Na co-infecção, os
sintomas são a fadiga, letargia, anorexia, náuseas durante 3 a 7 dias após o
período de incubação.
Depois deste
período, surgem icterícia, urina escura e fezes claras.
Na superinfecção os sintomas
são semelhantes, mas menos intensos.
A hepatite D
fulminante é rara.
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Tratamento
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Até agora, não
existe um tratamento eficaz. O uso de medicamento específico tem permitido obter
alguns resultados positivos, mas apenas na metade dos casos verifica-se uma
inibição significativa da multiplicação do vírus.
A doença,
geralmente, recidiva quando se interrompe o tratamento.
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Transmissão
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Através do contato
com sangue contaminado e fluidos sexuais.
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Formas de evitar contágio
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Utilizar o
preservativo nas relações sexuais.
Não partilhar objetos
íntimos, como utensílios de higiene pessoal.
Não partilhar
seringas .
Ao fazer piercings, tatuagens e tratamentos
com acupuntura, assegurar-se que o material está devidamente esterilizado.
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Vacina
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Não existe vacina
contra a hepatite D, mas como o vírus Delta só pode infectar alguém em
presença do VHB, a vacina contra a hepatite B previne a infecção por este
vírus.
A vacina da hepatite
B pode ser tomada por todos, desde que não estejam já infectados com o VHB.
A vacina contra a
hepatite B é uma forma bastante eficaz (95%) de prevenção da hepatite D.
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Hepatite E
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Características
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A doença, em geral,
não é grave, exceto quando ocorre uma hepatite fulminante (interrupção total
ou quase total do funcionamento do fígado).
Esta situação é
frequente em mulheres grávidas, podendo atingir uma taxa de mortalidade de 20
por cento, se o vírus for contraído durante o terceiro trimestre de gravidez.
Esta hepatite não se
torna crôica.
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Sintomas
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Os jovens e adultos,
entre os 15 e os 45 anos, apresentam icterícia, falta de apetite, náuseas,
vómitos, febre, dores abdominais, aumento do volume do fígado e mal-estar
geral.
As crianças, não
apresentam sintomas.
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Tratamento
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As infecções são, em
geral, limitadas, a recuperação acontece em pouco tempo e não é necessária
hospitalização, exceto em casos fulminantes.
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Transmissão
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Através de alimentos
ou águas contaminadas por matérias fecais, sendo rara a transmissão de pessoa
para pessoa.
Não há registos de
transmissão por via sanguínea e sexual.
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Formas de evitar contágio
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Deve-se redobrar os
cuidados de higiene e atenção com a água da rede pública em locais conhecidos
pela alta incidência do vírus.
Beber sempre água
engarrafada e selada.
Consumir frutas e
vegetais cozidos e evitar o consumo de marisco cru.
Não está provado que
se dê o contágio por via sexual, mas deve evitar o sexo oral.
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Vacina
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Não existe vacina.
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