domingo, agosto 24, 2014

Portugal: Do seculo VIII à era dos descobrimentos


No século VIII, a península ibérica ainda sob o domínio romano, foi conquistada por povos islâmicos, que se referiam a esta região como Al-Andalus.


De início, integrado na província norte-africana do império Omíada, Al-Andalus tornou-se um emirado (756 a 929) e posteriormente um califado (929 a 1031). Com a dissolução do califado em 1031, o território pulverizou-se em vários reinos. Foi um momento oportuno para o processo de reconquista destes territórios pelos cristãos.
O processo gradual da reconquista cristã originou o nascimento de pequenos reinos na região. Assim nasceram, os reinos de Astúrias em 718, o primeiro a se libertar do domínio dos mouros (árabes), Leão em 910, Navarra em 778, Aragão e
Castela em 850.

O território sob ocupação árabe-
muçulmano foi sendo progressivamente empurrado para o sul até a tomada de Granada pelos reis Católicos.

LISBOA
Uma lenda popular e romântica conta que a cidade de Lisboa teria sido fundada pelo heroi Grego Ulisses e por isso os gregos a chamavam de Olissipo, proveniente do nome do heroi. Posteriormente, o nome grego teria sido corrompido em latim para Olissipona.


No tempo dos romanos, Lisboa era famosa pelo garum, um molho de luxo feito à base de peixe, exportado para Roma, assim como vinho, sal e cavalos da região. No fim do domínio romano Olissipo foium dos primeiros núcleos a acolher o cristianismo.

No entanto, o nome Portugal começou a aparecer entre os anos 930 a 950 da era Cristã. Fernando Magno denominou oficialmente o território quando em 1067 o deu ao seu filho D. Garcia.

Alguns anos mais tarde, em 1096, o Rei Afonso VI de Leão e Castela entregou o Condado Portucalense ao conde D. Henrique de Borgonha, casado com sua filha, a Infanta D. Teresa, passando Henrique a ser conde de Portucale.

Deste condado, nasceria o reino de Portugal. D. Henrique governou no sentido de conseguir uma completa autonomia para o seu condado e deixou a terra portucalense muito mais livre do que quando a recebera. Depois de sua morte em 1112, sua viúva, D. Teresa ainda tentou fortalecer o reino até que seu filho Afonso Henriques de Borgonha chegasse a maior idade. No entanto, devido aos diversos conflitos diplomáticos, D. Teresa foi obrigada a abdicar e o jovem Afonso Henriques, aos catorze anos de idade, em 1125, com o apoio da nobreza portuguesa da época, arma-se a si próprio cavaleiro - segundo o costume dos reis - tornando-se assim guerreiro independente.
D. Afonso Henriques declara o reino independente, dado que ele era neto de Afonso VI, Imperador de toda a Hispânia, passando a assinar todos os documentos oficiais não mais como conde, mas como rei.

Em 1139, depois de uma estrondosa vitória em batalha contra os mouros, D. Afonso Henriques afirmou-se como rei de Portugal e com o apoio dos nobres portugueses, foi aclamado como rei soberano.

Nascia, assim em 1139, o reino de Portugal e sua primeira dinastia e Casa Real, Borgonha. D. Afonso Henriques passou a ser Rei Afonso I de Portugal.
Em 5 de outubro de 1143, a independência de Portugal foi reconhecida pelo Rei Afonso VII de Leão e Castela, no Tratado de Zamora.

D. Afonso I procurou consolidar a independência, fez importantes doações à Igreja e fundou diversos conventos. Dirigiu-se ao Papa Inocêncio II e declarou Portugal tributário da Santa Sé, tendo reclamado para a nova monarquia a proteção pontifícia. Em 1179, o Papa Alexandre III, reconhece Portugal como país independente e soberano protegido pela Igreja Católica.



Para saber mais sobre a era dos descobrimentos, veja o post do nosso BLOG http://eportuguese.blogspot.com/2010/03/infante-d-henrique-impulsionador-dos.html


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