O Director Regional da OMS para África, Dr. Luís Gomes Sambo, declarou recentemente que a crise dos recursos humanos no sector da saúde constitui um desafio de grandes dimensões e pediu uma atenção especial dos decisores políticos e de todos os intervenientes para a solução deste problema.“Os desafios são grandes, requerem parcerias sólidas entre vários sectores e sinergias orientadas para um melhor desempenho dos sistemas de saúde; e uma maior promoção do estatuto social e económico da mulher”, reforçou o Director regional acrescentando que esta é condição indispensável para se reduzir a mortalidade materna.
O Dr. Luís Gomes Sambo fez estas declarações durante o Encontro Regional sobre Hemorragias durante a Gravidez, Parto e Pós-parto que aconteceu na capital Angolana no mês de Outubro.
Recorrendo a dados factuais, o Director Regional da OMS/AFRO demonstrou que os índices de mortalidade materna em África continuam a ser os mais elevados do mundo (900 em cada 100,000 nados vivos) e que os avanços (0,1%) registados entre 1990 e 2005, estão aquém do nível desejado para o alcance dos Objectivos do Milénio que apontam para a redução anual de 5,5% da mortalidade materna.
Depois de sublinhar que a humanidade dispõe de conhecimentos e tecnologias adequadas para reduzir as mortes maternas, Luís G. Sambo indicou que o Roteiro elaborado pela OMS e adoptado pelos ministros da saúde em 2004 continua a ser o quadro estratégico para as acções que visam melhorar esta situação. São eles principalmente, a necessidade de partos assistidos por pessoal de saúde qualificado e para o reforço da capacidade dos indivíduos, das famílias e das comunidades, tendo em vista a melhoria da saúde da mãe e do recém-nascido.
“Melhorar a saúde materna em África é tecnicamente viável, mas é necessário que os recursos estejam á medida da magnitude do problema”, reforçou Luís Sambo rematando que a gestão eficaz dos recursos disponíveis permitirá obter melhores resultados na área da saúde em Africa.
Email: wr@ao.afro.who.int
Um comentário:
O problema não está nas capacidades técnicas da humanidade... Está nas vontades políticas que governam também essas capacidades... E, quanto a essa nem o Dr. Luís Sambo poderá fazer grande coisa!!! Ai África, África... Mulheres africanas heroínas sem glória, até quando continuareis a criar no seio os vossos carrascos?
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