De acordo com o Programa de Saúde Sexual e Reprodutiva, 12,1 por cento das jovens santomenses engravidam durante a adolescência e a falta de informação é a principal causa.
O programa regista que a maioria das jovens engravidam antes de completarem a nona série, ou seja, antes dos 14 anos.
Por isso é necessário uma campanha de esclarecimento que também contribua para diminuir os novos casos de infecções pelo HIV, nestas adolescentes.
Apesar de 1 em 10 adolescentes engravidarem em ST&P, esta média ainda esta abaixo da média Africana e a seroprevalência do HIV nacional no arquipélago é de 1,5 por cento numa população de 150 mil habitantes.
Lurdes Santos, diretora executiva do Instituto da Mulher, Equidade e Igualdade do Gênero diz que: “Adolescentes sem nona classe e grávidas, não conseguem completar o ensino secundário. Terão maior dificuldade de encontrar um emprego assalariado e estão condenadas à pobreza”. Este é um ciclo que devemos tentar quebrar.
“A gravidez na adolescência tornou-se lentamente uma tragédia nacional”, admitiu também o Presidente da República, Fradique de Menezes.
A educação sexual nas escolas foi o primeiro projeto implementado pelo governo para combater o problema. Também foram adotadas classes de educação sobre a vida familiar direcionadas a adolescentes.
No entanto, de acordo com Hilarinho Carvalho, especialista em saúde reprodutiva, estes projetos não tiveram muito sucesso. Segundo o Sr. Carvalho, as mensagens não foram bem passadas e agora é necessário reverter a situação e usar outros meios mais eficazes para despertar a auto-estima das raparigas e rapazes para poderem valorizar a sua juventude.
Vinte e quatro por cento da população do país têm idade entre 11 e 18 anos e os principais problemas de saúde destes jovens estão fundamentalmente ligados à pobreza e à falta de uma estrutura de apoio familiar.
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