Considerada uma enfermidades mais devastadoras da história da humanidade, matando quase 500 milhões de pessoas só no século XX, a varíola foi considerada erradicada pela OMS em 1980.
A última epidemia na Europa foi na Iugoslávia em 1972, e o último caso conhecido ocorreu num homem do Sudão em 1977 (excepto um acidente de laboratório em 1978).
Este sucesso de erradicação só foi possivel porque o homem era o único hospedeiro do vírus e só há um sorotipo conhecido. Além disso, a imunização protege 100% dos casos e a vacina, utilizada pela primeira vez em 1796 é barata e estável.
Falando na abertura da 63ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Dra. Margaret Chan, afirmou que o fim da varíola marcou um feito sem precedentes na história da saúde pública e forneceu uma prova dramática do poder da acção colectiva na melhoria da condição humana.
"A história da varíola e a sua erradicação foi escrita, e a saúde pública continua a beneficiar de muitas das lições aprendidas".
Para comemorar os 30 anos de erradicação da varíola, a Dra. Margareth Chan, o Dr. Halfdan Mahler (ex-Director-Geral da OMS, em cujo período de exercício a doença foi erradicada), o Dr. Donald Henderson, (ex-diretor da OMS do programa de erradicação da varíola) e o Dr. Jean Roy (diretor da comemoração da erradicação da varíola em 2010) inauguraram uma estátua de bronze na entrada da sede da OMS em Genebra.
A estátua mostra um pai, mãe e filho que esperam em fila para ser vacinados. As pessoas estão posicionadas para dar a sensação que a varíola envolveu mais do que crianças - todos tiveram de ser vacinados.
O vacinador está ajoelhado, segurando o braço da criança numa mão e na outra, a agulha pronta para a vacinação. O escultor gales Martin Williams levou mais de um ano para concluir a obra que começou em 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário