A UNAIDS lançou uma abordagem mais simples e mais custo-efetiva para o tratamento do HIV, com o objetivo de simultaneamente reduzir drasticamente as mortes e as novas infecções pelo HIV.
Esta nova abordagem, chamada de "Tratamento de 2.0", tem o objetivo de aumentar a testagem e o tratamento utilizando os mais modernos anti-retrovirais (ARV). Os benefícios desta abordagem baseiam-se em evidências de que pessoas em tratamento com ARV são menos propensos a transmitir o vírus.
UNAIDS estima que a implementação bem sucedida do "tratamento 2.0" poderá evitar 10 milhões de mortes até 2025 além de reduzir 1/3 das infecções.
Um relatório sobre esta nova estratégia foi apresentado antes da Conferência Internacional de AIDS (sida) em Viena que discutiu entre outros tópicos, as razões porque muitos países não irão atingir as metas de acesso universal à prevenção, tratamento e atendimento até dezembro de 2010.
Outro tema discutido na Conferência foi o apoio financeiro internacional para a luta contra a AIDS, mas o diretor da UNAIDS Michel Sidibé está confiante que a abordagem do "tratamento 2.0" poderá oferecer uma solução potencial para o enfrentamento da epidemia de HIV/AIDS.
"Para que os países alcancem suas metas de acesso universal é preciso reformular as respostas à AIDS. Através da inovação, podemos reduzir os custos e desta forma levar o tratamento a mais pessoas", disse Michel Sidibé.
Melhores drogas
O "tratamento 2.0" deverá utilizar melhores drogas para o HIV que sejam menos tóxicas e combinem múltiplos ARVs em uma única pílula e desta forma contribuam para a maior adesão ao tratamento.
A geração atual de anti-retrovirais tem menos efeitos colaterais do que os de uma década atrás e alguns estão disponíveis em combinações de dose fixa, mas a fraca adesão ao tratamento leva rapidamente à resistência ao medicamento com a necessidade de mudar para a segunda linha de tratamento.
A segunda linha de tratamento implica em custos adicionais com laboratório, monitoramento e acompanhamento médico que aumenta consideravelmente o custo do tratamento, mas o "tratamento 2.0" irá contribuir para que o custo seja reduzido.
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