domingo, novembro 14, 2010

Dia Mundial do DIabetes

Hoje, 14 de Novembro de 2010, é com imenso prazer que me junto ao resto do mundo na comemoração do Dia Mundial da Diabetes, subordinado ao tema “Educação e Prevenção da Diabetes”, que é o principal foco de acção para o período 2009–2013. Neste dia, a OMS envolve as pessoas numa campanha mundial centrada na advocacia, sensibilização e prevenção efectiva e no controlo da diabetes.

A diabetes é uma doença crónica grave, debilitante e onerosa, que impõe exigências para toda a vida às pessoas que vivem com a doença e às suas famílias. Calcula-se que cerca de 220 milhões de pessoas em tudo o mundo sofram de diabetes e que, até 2030, este número venha a mais do que duplicar, caso não sejam efectuadas intervenções eficazes. A doença, que se julgava ser rara e não documentada na África rural, surgiu nas últimas décadas como uma das principais doenças não transmissíveis na África Subsariana.

Na África Subsariana, as tendências actuais sugerem que a prevalência da diabetes deverá aumentar e contribuir para 6% do total da mortalidade em 2010. Se a tendência actual continuar, a África Subsariana irá registar um aumento de 98%, de 12,1 milhões de casos em 2010 para 23,9 milhões de casos em 2030. Os inquéritos realizados recentemente na Região Africana da OMS indicam que a prevalência da diabetes entre adultos com idades compreendidas entre os 25 e os 64 anos varia de 3% a 14,5%.


As mortes devidas à diabetes ocorrem em pessoas com idades entre os 20 e os 39 anos, a população mais economicamente produtiva. Os custos económicos directos da diabetes em termos de cuidados médicos e perda de recursos humanos em África é substancial, o que, por sua vez, são agravados pelo fardo elevado das consequências da diabetes, tais como as complicações neurológicas e vasculares, perturbações visuais, doenças cardíacas, AVC e insuficiência renal, a par de outras doenças crónicas.

Uma percentagem elevada de casos de diabetes continua por diagnosticar e muitos casos são diagnosticados tardiamente, normalmente após as complicações associadas se tornarem evidentes. Para além disso, um número significativo de diabéticos em África não tem acesso a tratamento adequado e a medicamentos para a doença, sobretudo insulina, conduzindo ao aparecimento de complicações evitáveis.

Devemos continuar a consolidar os ganhos já conquistados em termos da sensibilização da diabetes aos níveis local e regional, e reforçar as acções individuais e na comunidade através da capacitação para a prevenção da doença e das suas múltiplas complicações.

É possível inverter a actual tendência da diabetes na Região, caso os ministérios da saúde e as comunidades trabalhem em conjunto para a redução dos factores de risco da doença, nomeadamente: obesidade, inactividade física, baixo consumo de fruta e vegetais e aumento do consumo de alimentos ricos em gordura e energia. A Estratégia Regional da OMS para a Prevenção e Controlo da Diabetes e o recente Apelo das Maurícias para a Acção são instrumentos que servem de apoio a esta inversão. Estes instrumentos identificam estratégias e compromissos-chave que são urgentemente necessários de modo a planear e implementar programas nacionais de prevenção e controlo da diabetes e ajudar a reduzir o fardo desta doença em África.

Lanço um apelo a todos os governos africanos para que formulem e implementem programas de prevenção e controlo e planos de acção cabais e integrados da diabetes, incluindo a prevenção dos factores de risco, melhorem a qualidade dos cuidados e ajam sobre os determinantes estruturais que influenciam os resultados na saúde.

Incentivamos as autoridades locais, assim como os líderes de saúde local, a fazerem uso de todos os meios de comunicação adequados para aumentar a sensibilização para a diabetes e capacitar as comunidades para a prevenção e cuidados.

Apelo a todos os diabéticos, pessoas em maior risco de desenvolver diabetes e ao público em geral para que aumentem os seus conhecimentos sobre a doença e melhorem a gestão e a prevenção das complicações concomitantes.

É preciso acelerar o ritmo da nossa intervenção para que possamos agir sobre o fardo crescente da diabetes. Vamos dominar a diabetes. Este é o momento para fazermos tudo o que estiver ao nosso alcance.

Muito obrigado

Luis Gomes Sambo
Diretor Regional para a África





2 comentários:

Unknown disse...

Como toda doença crônica,a diabetes é um problema grave,que pode causar inúmeros danos na nossa vida,como por exemplo,perda da visão,de membros do corpo.A dieta precisa ser rigorosa,diminuir o consumo de açúcar e carboidratos,que elevam a glicose no sangue,é recomendado a prática de atividades físicas,além,é claro,do acompanhamento médico.Tenho familiares com diabetes,meu sogro é diabético,então sei como precisa ter um cuidado rigoroso para controlar a doença.

Vou deixar aqui um link que pode ajudar,tanto a quem já é diabético,quanto quem tem tendência.

http://bit.ly/cxhlVy

Unknown disse...

Dados alarmantes.Se estiverem certos,o número de pessoas com diabetes vai crescer mais de um milhão ao ano,na África.Apesar de ser uma doença crônica,a diabetes pode ser evitada ou controlada,para quem já tem.Através de uma alimentação equilibrada pode-se evitá-la.Já no caso de predisposição genética o cuidado deve ser ainda maior,mas é possível cuidar.

Vou deixar aqui um link que pode ajudar:

http://bit.ly/cxhlVy