Uma das personalidades mais conhecidas de Moçambique, Graça Silbine nasceu na província de Gaza, em 1945. Aos sete anos, teve o primeiro contato com livros, graças ao trabalho de uma missionária americana que lecionava nos arredores de sua aldeia.
Ao terminar seus estudos em Maputo nos anos 60, conseguiu uma bolsa de estudos da Universidade de Lisboa onde se formou em Filologia da Língua Alemã. Voltou para Moçambique como professora e passou a apoiar clandestinamente a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
Casaram-se em 1975, mesmo ano em que Moçambique conquistou sua independência quando Samora tornou-se o primeiro presidente de Moçambique e Graça foi nomeada Ministra da Educação. Sua meta estava centrada em um programa de alfabetização das crianças.
No entanto em 1986, depois da morte de Samora Machel decorrente de um acidente de avião, Graça que já estava trabalhando na defesa dos direitos das crianças afetadas pelos conflitos armados concentrou-se na causa dos refugiados de guerra.
Nos anos 90, escreveu um relatório para a ONU sobre o impacto dos conflitos armados na vida das crianças e em 1994 criou a Fundação para o Desenvolvimento Comunitário (FDC). Uma organização da sociedade civil que procura unir forças de todos os setores da sociedade para promover o desenvolvimento, a democracia e a justiça social. Sua nova função internacional a aproximou de Nelson Mandela e os dois se casaram em 1998, ano em que Mandela completou 80 anos.
A união entre Nelson Mandela e Graça Machel representou um importante impulso para a luta contra a pobreza e as doenças que afetam a África subsaariana.
Hoje, grande parte da vida dos dois é dedicada ao combate à AIDS e à defesa dos direitos das crianças africanas.
Sua história repleta de lutas e ideais, sempre estiveram permeados pela defesa dos direitos das crianças e das mulheres. Seu compromisso e ideal servem de exemplo para os que buscam transformar a realidade dos países em que vivem.
Em Moçambique, Graça Machel é carinhosamente conhecida como Mamã Graça.
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