O financiamento do Governo Angolano será utilizado para reforçar as atividades de interrupção da transmissão da poliomielite em 51 municipios em 12 províncias: Benguela, Bié, Cabinda, Cunene, Huíla, Kuando-Kubango, Luanda, Lunda Norte, Lunda Sul, Malange, Uíge e Zaire.
Os municípios selecionados são considerados de alto risco na transmissão da pólio devido às baixas coberturas vacinais de rotina (Angola possui uma cobertura média de 82% havendo contudo municípios com taxas muito inferiores a 50%), ao fraco sistema de vigilância epidemiológica e à movimentação da populaão proveniente de países vizinhos onde a pólio continua a ser endémica, motivos pelos quais o vírus continua a circular no país.
O Plano Nacional de Emergência de Angola contra a Poliomielite foi aprovado em 2010 e visa sustentar os progressos alcançados pelo país na interrupção da transmissão do vírus da pólio.
Como resultado deste plano de emergência, houve uma redução drástica de casos tendo sido registados apenas 5 casos de poliomielite de janeiro a dezembro de de 2011, nas províncias do Kuando Kubango e do Uíge, contra um total de 32 notificados no ano anterior.
Os cinco milhões de dólares desembolsados pelo Governo de Angola serão usados até finais de 2013 para apoiar o Ministério da Saúde no reforço da imunidade das crianças até aos cinco anos de idade, através da vacinação de rotina, das campanhas de vacinação suplementar contra a poliomielite, assim como em atividades de vigilância epidemiológica, capacitação do pessoal envolvido na vacinação e na mobilização social.
As atividades serão coordenadas pelo Ministério da Saúde com a assistência técnica da OMS e colaboração de parceiros da coligação mundial contra a pólio, como o UNICEF, Rotary International, CDC/USAID e a Fundação Bill & Melinda Gates.
Para o Diretor Regional da OMS para África, Dr. Luís Sambo, o gesto do Governo angolano traduz uma vez mais o compromisso das autoridades nacionais em liderar o processo de interrupção do vírus da pólio e aumentar as taxas de vacinação de rotina no país.
Atualmente, o Governo de Angola suporta 89% dos fundos operacionais para a erradicação da Pólio no país.
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