Hoje falamos aqui de Zeca Afonso (Aveiro, 2 de Agosto de 1929 — Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987), dimunutivo popular de José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos: passam 25 anos da morte deste grande cantor e compositor português, que ficou muito conhecido tanto pelo seu talento musical como pela sua postura crítica face ao Estado Novo e à política colonial.
Zeca Afonso, nascido em Portugal, formado em Ciências Histórico-Filosóficas, viveu também em Angola e Moçambique, bem como em várias pequenas cidades e vilas por todo o Portugal, onde foi professor. Ao longo destas suas andanças tomou conhecimento e contato próximo com a dura realidade das pessoas durante o período do estado novo, as dificuldades da sua vida, quer em Angola, Moçambique ou Portugal.
As suas músicas, que rompiam com a tradição musical portuguesa, incorporavam elementos musicais africanos, continente onde viveu e com o qual mantinha uma profunda ligação.
Ainda durante o Estado Novo torna-se um símbolo do desejo de liberdade e democracia, o que lhe valeu vários problemas com a polícia política portuguesa e a proibição de exercer o ensino. Entre abril e maio de 1973 esteve detido na prisão política de Caxias, em Portugal.
A sua música ficará para sempre ligado à transição para a democracia em Portugal pois a canção “Grândola Vila Morena” foi usada pelo Movimento das Forças Armadas como senha para confirmar o andamento das operações militares que derrubaram o regime liderado por Marcelo Caetano.
Algumas ligações de interesse:
Noticia sobre os 25 anos da sua morte
As andanças de um andarilho
O rosto de uma utopia
Associação José Afonso
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