Desde 1992, o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência é comemorado no dia 3 de dezembro para promover uma maior compreensão dos problemas relacionados com a deficiência e para mobilizar a todos para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar dessas pessoas.
3 de dezembro: dia de refletir sobre a deficiência |
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de um bilhão de pessoas - ou aproximadamente 15 por cento da população mundial - vivem com algum tipo de deficiência.
As pessoas com deficiência enfrentam barreiras físicas, sociais, econômicas e atitudes que acabam por excluí-las da plena e efetiva participação social em sua sociedade.
A deficiência afeta 20% dos mais pobres |
Entre as pessoas mais pobres, 20% possuem algum tipo de deficiência, o que é um fator importante principalmente para mulheres e meninas, que ficam mais vulneráveis a abusos.
90% das crianças com deficiência não frequentam uma escola.
A maioria das pessoas com deficiência não têm acesso a recursos básicos tais como sistemas de apoio social e jurídico, educação, emprego e saúde.
Apesar da gravidade desta situação, a deficiência se manteve praticamente invisível na agenda do desenvolvimento mundial.
O respeito aos direitos dos deficientes avança |
Por isso, o movimento internacional de deficiência fez um avanço extraordinário em 2006, com a adoção da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD) pela ONU, que entrou em vigor em 3 de maio de 2008.
Foi o primeiro tratado dos direitos humanos do século XXI e é amplamente reconhecida como tendo uma participação da sociedade civil sem precedentes na história.
A Convenção seguiu-se a décadas de trabalho para mudar atitudes e abordagens sobre a deficiência e chama a atenção para que a plena participação e igualdade das pessoas com deficiência na sociedade seja garantido.
Buscando defender e garantir condições de vida dignas a todas as pessoas que apresentam algum grau de deficiência, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência prevê monitoramento periódico e avança na consolidação diária dos direitos humanos dessas pessoas.
Símbolo internacional da acessibilidade |
Todos por uma sociedade inclusiva |
A Assembleia Geral da ONU ressalta que a verdadeira realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e de outros objetivos de desenvolvimento internacionalmente acordados requer a inclusão e a integração dos direitos, do bem-estar e da perspectiva de pessoas com deficiência nos esforços de desenvolvimento nos níveis nacional, regional e internacional.
Em resposta a essa necessidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde - para trazer informações epidemiológicas (o impacto que determinada doença têm sobre a população) a respeito da funcionalidade e incapacidade. Serve também como instrumento clínico para os profissionais atuantes da saúde, por ter a capacidade de unificar a linguagem e propiciar registros de dados de avaliações, diagnósticos, objetivos, acompanhamentos e resultados dos tratamentos.
O deficiente deve desenvolver suas potencialidades |
A pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as
potencialidades.
Acessibilidade gratuita em Curitiba, Brasil |
Deve-se atentar à aplicação imediata das leis relacionadas à deficiência para que o portador de deficiência sinta os seus benefícios, pois as leis em geral são muito boas, mas às vezes peca-se na aplicabilidade.
Todas as pessoas com deficiência têm direito a leis que garantam:
- acessibilidade ao meio físico a um custo mínimo
- transporte
- informação
- comunicação
As pessoas com deficiência são antes de tudo pessoas |
Pessoas com deficiência são, antes de mais nada, pessoas. Pessoas como quaisquer outras, com qualidades, defeitos, contradições e singularidades.
Dignidade, inclusão e igualdade são direitos de todos |
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