O relatório mais
recente sobre as alterações climáticas do Painel Intergovernamental sobre
Alterações Climáticas (IPCC, em inglês), documenta provas sobre a natureza e
escala dos riscos para a saúde derivados das alterações climáticas, bem como os
potenciais benefícios provenientes da redução da emissão de gases de estufa.
Problemas de
saúde exacerbados
Alterações
climáticas irão atuar, até pelo menos metade deste século, no sentido de
exacerbar os problemas de saúde já existentes e o maior risco sera para as
poulações que são atualmente mais afetadas por doenças relacionadas com o
clima. Existe forte evidência que o impacto negativo irá prevalecer sobre os
efeitos positivos.
Um dos maiores
riscos deve-se à malnutrição resultante da redução na produção de alimentos,
ferimento e doença como consequência ondas de calor e fogos que causam mudança
na distribuição espacial de doenças infeciosas.
O relatório
documenta evidência sobre riscos adicionais. O relatório refere que segundo
estudos recentes na possibilidade de cenários de clima extrema, em que alguns
projetam aumento de cerca de 4-7 graus em todo o mundo. Nestas condições, em
algumas regiões a capacidade humana de suportar o calor será ultrapassado nos
períodos mais quentes do ano, não será possível realizar qualquer tipo de
trabalho ou atividade recreacional sem proteção no exterior.
Investimento em
saúde preventiva
O relatório
apresenta também evidência que pode ajudar na resposta a este desafio. Estudos
modelaram, pela primeira vez, as potenciais consequências das alterações
climáticas juntamente com as mudanças económicas e sociais projetadas.
O estudo mostra
como as alterações climáticas faz frente aos ganhos em saúde conseguidos
através do desenvolvimento social, e pode atrasar o progresso nos países mais
pobres. Por outro lado, também mostra como investir em programas de saúde
preventiva, no contexto de forte desenvolvimento socioeconómico pode diminuir
muito a vulnerabilidade e permitir ultrapassar em parte alguns riscos para a
saúde a curto a médio prazo.
Melhorar a saúde
e reduzir as emissões de dióxido de carbono
Um dos grandes
avanços está na crescente evidência de que ações bem planeadas na redução de emissão
de gases de estufa podem trazer grande ganhos em saúde.
A forma mais
óbvia é a de redução da poluição atmosférica, recentemente identificada como a
causa de aproximadamente 7 milhões de mortes por ano, ou um em cada 8 morte no
mundo.
O relatório documenta
ainda evidência de que ao reduzir a emissão de poluentes atmosféricos de curta
duração como metano e carbono negro não só retarda o aquecimento global como
pode evitar entre 2 a 2,5 milhões de mortes por ano, globalmente. Convertendo
para termos económicos, os ganhos em saúde podem compensar muito do custo da
mitigação de gases de estufa.
Consulte detalhes
aqui: http://www.ipcc-wg2.gov/AR5/
Bibliografia:
http://www.who.int/globalchange/environment/climatechange-2014-report/en/
Nenhum comentário:
Postar um comentário