São precisas ações no sentido de reforçar a capacidade de resposta às necessidades de saúde mental e física dos adolescentes. Estes assuntos incluem tabaco, álcool, uso de drogas, HIV, ferimentos, saúde mental, nutrição, saúde sexual e reprodutiva e violência.
“O mundo não tem prestado atenção à saúde dos adolescentes,” diz Dra. Flavia Bustreo, Diretor-Geral Assistente para a Saúde da Família, Mulher e Criança, OMS.
Ferimentos de acidente de viação como maior causa de morte
Globalmente, ferimentos resultantes de acidentes de viação são a causa número um das mortes entre adolescentes, e a causa número dois de doença e incapacidade. Rapazes são afetados de forma desproporcional, apresentando 3 vezes mais em número de mortes. Aumentando o acesso a transporte público seguro pode reduzir, reenforçando regulamentos de segurança nas estradas, estabelecer uma escala de privilégios para os condutores ao longo do tempo, permitindo reduzir alguns riscos.
Problemas de saúde mental são um grande fardo.
Globalmente, depressão é a causa número um de doença e incapacidade nesta faixa etária, e suicídio é a 3ª causa mais frequente de morte. Alguns estudos mostram que metade das pessoas que desenvolvem distúrbios mentais tem os seus primeiros sintomas por volta dos 14 anos. Se adolescentes com problemas de saúde mental têm o tratamento necessário, isto pode prevenir mortes e evitar sofrimento ao longo da vida.
Decréscimo nas mortes relacionadas com gravidez e parto
Mortes devido a complicações durante a gravidez e o parto entre adolescentes desceram siginificativamente desde 2000, particularmente em locais onde a mortalidade materna é mais alta. Nas Regiões do Sudeste Asiático, do Mediterrâneo Oriental e da África a mortalidade materna diminui significativamente, no entanto, continua como a segunda causa mais frequente de morte para raparigas entre 15 e 19 anos, logo a seguir ao suicídio.
Mortes devido ao HIV
Estimativas sugerem que o número de casos de mortes relacionadas com HIV entre adolescentes está a aumentar. O aumento é predominante na Região Africana, numa altura em que estes casos estão a diminuir noutras populações.
Outras doenças infeciosas continuam a ser das maiores causas de morte
Graças a vacinação na infância, mortes e incapacidade em adolescentes devido a sarampo desceu acentuadamente – 90% na Região Africana entre 2000 e 2012. No entanto, doenças infeciosad comuns que incidem mais sobre crianças jovens continuam a matar adolescentes. Por exemplo, diarreia e infeções do trato respiratório inferior encontram-se entre segundo e quarto lugar nas causas de morte na faixa entre 10 e 14 anos. Em conjunto com meningite, estas condições somam 18% das mortes nesta faixa etária, o que pouco mudou desde 2000 em que correspondiam a 19%.
Novos dados no comportamentos sanitários dos adolescentes
Novos dados de país onde foram feitos inquéritos mostram que menos de um em cada quatro adolescentes faz exercício físico suficiente (A OMS recomenda pelo menos uma hora de exercício moderado a vigoroso por dia), e em alguns países, um em cada três são obesos.
Apesar disso, alguns comportamentos de risco tem vindo a diminuir, como a taxa de fumadores entre jovens adolescentes, que descresceu nos países de todos os níveis de rendimento.
Período crítico na prevenção de doenças crónicas
Adolescência é um período importante para erguer os pilares da saúde na vida adulta. Muitos comportamentos e condições relacionados com a saúde subjacentes às doenças não transmissíveis começam ou são reforçados durante este período de vida.
“Se não controlado, problemas de saúde e comportamentos que começam durante a adolescência – como o tabaco, a dieta e padrão de exercícios, excesso de peso e obesidade – têm um sério impacto na saúde e desenvolvimento de adolescentes hoje, e potencialmente efeitos devastadores na sua saúde como adultos amanhã,” diz Jane Ferguson, cientista do Departamento de Saúde Materna, Neonatal, da Criança e dos Adolescentes. “Ao mesmo tempo, não devemos desleixar nos esforços para promover e salvaguardar a saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes, incluindo HIV.”
O relatório destaca a necessidade de melhorar os dados e informação sobre a saúde dos adolescente e os programas que a focalizam.
Bibliografia:
http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2014/focus-adolescent-health/en/
Nenhum comentário:
Postar um comentário