domingo, julho 06, 2014

Infante D. Henrique – Impulsionador dos descobrimentos portugueses


O Infante D. Henrique (1394-1460) foi uma das figuras mais ilustres da História da humanidade. Responsável pela expansão ultramarina que mais tarde, desencadeou o descobrimento do mundo novo.


Os descobrimentos portugueses foram o conjunto de viagens e explorações marítimas realizadas pelos portugueses entre 1415 e 1543.

Os descobrimentos resultaram na expansão portuguesa e deram um contributo fundamental para delinear o mapa do mundo impulsionados pela conquista e pela procura de alternativas às disputas do comércio no Mediterrâneo.

Com estas descobertas os portugueses iniciaram a “Era dos Descobrimentos” europeus que durou do século XV até ao XVII, e foram responsáveis por importantes avanços da tecnologia nautica, cartografia e astronomia.

Os portugueses foram responsáveis pelo desenvolvimento dos primeiros navios capazes de navegar com segurança em mar aberto no Oceano Atlantico.
O infante D. Henrique era o quinto filho do rei D. João I que foi o décimo rei de Portugal e fundador da Dinastia de Avis, e de Dona Filipa de Lancastre. Este casamento fortaleceu por laços familiares, o tratado da aliança luso-britânica que permanece até os dias de hoje.
Em 1414, aos 20 anos de idade, convenceu o pai a organizar uma expedição a Ceuta, que foi conquistada por ele em 1415. Esta conquista visava o controle da navegação na costa norte da África. Este feito foi considerado como o inicio da expansão ultramarina portuguesa.
A partir de então, o jovem príncipe percebeu as possibilidades de lucro existentes entre as rotas comerciais transaarianas.
Durante séculos, a rota de escravos e do comércio de ouro ligavam a África Ocidental ao Mar Mediterrâneo. Atravessando o deserto de Saara eram controladas por poderes muçulmanos do norte da Africa. D. Henrique propôs-se então saber até onde os territórios muçulmanos se estendiam, na esperança de ultrapassá-los por mar e encontrar aliados nas terras cristãs que se imaginavam existir para o sul. Sua intenção era chegar às Índias, origem do lucrativo comércio de especiarias.
Em 1418, D. Henrique redescobriu a ilha de Porto Santo através de seu navegador João Gonçalves Zarco e em 1419, a Ilha da Madeira por Tristão Vaz teixeira. Os arquipélagos da Madeira e das Canárias despertavam desde cedo, o interesse tanto dos portugueses como dos castelhanos devido a localização estratégica, vizinhos a costa da África. Em 1427, Diogo de Silves chegou ao arquipélago dos Açores. Ilhas que foram povoadas logo a seguir por ordem do Infante D. Henrique.

Desde 1421 as navegações sucessivas ao longo da costa africana conseguiram ultrapassar o Cabo do Não, atual Cabo Chaunar situado na costa sul do Marrocos entre tarfaya e Sidi Ifni. Até o século XV este ponto era considerado intransponível por europeus e árabes, originando o seu nome.

Em 1434, Gil Eanes contornou o cabo Bojador dissipando o terror que este promontório inspirava e no ano seguinte, descobriu Angra de Ruivos e chegou ao Rio de Ouro, no Saara Ocidental.

Entretanto, após a derrota portuguesa de Tânger em 1437, os portugueses adiaram o projeto de conquistar o Marrocos, mas em 1441, Nuno Tristão chegou ao Cabo Branco que é um acidente geográfico situado na costa atlântica de África, na fronteira entre a mauritânia e o Saara Ocidental.

A partir de então ficou generalizada a convicção de que essa área da costa africana poderia, sustentar uma atividade comercial. Em 1456, Diogo Gomes descobriu Cabo Verde que foi povoada ainda no século XV.

O avanço nas explorações foi acompanhado pela criação de feitorias, através das quais se trocavam produtos europeus por ouro, escravos, pimenta malagueta, algodão e marfim.

Em 1460, Pêro de Sintra chegou a Serra Leoa, mas neste mesmo ano o Infante D. Henrique faleceu aos 66 anos de idade.

Em 1469, seu sobrinho e rei D. Afonso V, concedeu o monopólio do comércio no Golfo da Guiné ao mercador Fernão Gomes que tinha a obrigação de contrinuar as explorações marítimas. Fernão Gomes conseguiu chegar ao Cabo de Santa Catarina, já no hemisfério sul. Nestas incurções, os portugueses chegaram em Sama (hoje Sama bay), a costa da Mina, Benim, Calabar, Gabão, as ilhas de São Tomé e Principe e de Ano Bom.

Em 1474, o rei D. Afonso V entregou a seu filho o futuro rei D. João II, a responsabilidade de organizar as explorações por terras africanas. Em 1483, Diogo Cão chegou ao rio Zaire e dois anos depois, numa segunda viagem, até à Serra parda.


Em 1487, Bartolomeu Dias comandando uma expedição com três caravelas atingiu o Cabo da Boa Esperança. Estabelecia-se assim a ligação náutica entre o Oceano Atlantico e o Oceano Indico.

O projeto de encontrar o caminho marítimo para a Índia foi delineado por D. João II como medida de redução dos custos nas trocas comerciais com a Ásia e numa tentativa de monopolizar o comércio das especiarias. D. João II almejava o domínio das rotas comerciais e expansão do reino de Portugal que já se transformava num Império.

No entanto, no final do século XV, os espanhois começaram a demonstrar interesse nas rotas comerciais e na expansão de suas terras. A coroa espanhola controlava alguns territórios no leste da Espanha, sudoeste da França e ilhas principais como Maiorca, Sicilia, Malta, o Reino de Napoles e a Sardenha.

Em 1492, decidiram financiar a expedição do genovês Cristovão Colombo na esperança de desviar o comércio de Portugal com África e daí com o Oceano Índico.

Navegando para a coroa espanhola, Cristovão Colombo partiu em 3 de agosto de 1492 com três pequenas embarcações: a nau Santa Maria e as caravelas Pinta e Niña. No dia 12 de outubro de 1492 chegou ao que chamou de Indias Ocidentais, mas que na verdade era um ilheu nas Bahamas, a qual deu o nome de São Salvador. Continuou a navegar e chegou a Cuba e ao Haiti (Hispaniola). Supondo de ter chegado à India, deixou uma pequena colônia e regressou à Europa. Em sua segunda viagem em 1493 chegou as Antilhas, Martinica, Porto Rico, Jamaica e Republica Dominicana.

Depois da chegada de Colombo às Indias Ocidentais, tornou-se necessário uma divisão de influência para evitar o conflito entre espanhois e portugueses. Isto foi resolvido em 1494, com o Tratado de Tordesilhas que dividia o mundo entre estas duas nações.

O tratado definia como linha de demarcação o meridiano a 370 léguas a oeste da Ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde. Esta linha estava situada a meio-caminho entre Cabo Verde (de dominio português) e as ilhas do Caribe descobertas por Colombo.
Os territórios a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios a oeste, à Espanha. O tratado foi ratificado pela Espanha Portugal em 1494.

Em princípio, o tratado resolvia os conflitos que seguiram à descoberta do Novo Mundo. Muito pouco se sabia das novas terras, que passaram a ser exploradas pelos espanhois.
De imediato, o tratado garantia a Portugal o domínio das águas do Atlântico sul, essencial para a manobra náutica então conhecida como volta do mar, empregada para evitar as correntes marítimas que empurravam para o norte as embarcações que navegassem junto à costa sudoeste africana, e permitindo a ultrapassagem do Cabo da Boa Esperança.
Nos anos seguintes, Portugal prosseguiu com seu projeto de alcançar a Índia, contornando a costa sul da Africa o que foi finalmente alcançado pela frota de Vasco da Gama em sua primeira viagem de 1497-1499.
No ano seguite, o navegador Portugues Pedro Alvares Cabral à caminho da Índia, desviou-se da costa da Africa e descobriu o Brasil em 21 de abril de 1500.
Esta descoberta abriu uma polêmica historiográfica, seculos mais tarde, a cerca do “acaso" ou da "intencionalidade" desta descoberta.
Deve ser destacado que uma das testemunhas que assinaram o Tratado de Tordesilhas por Portugal foi Duarte Pacheco Pereira, um dos nomes ligados a um suposto descobrimento do Brasil pré-Cabralino.

O Infante D. Henrique foi nomeado dirigente da Ordem de Cristo. Seu grande objetivo era conhecer novos mundos.
Até 1400, o Atlântico era um oceano virgem de navegação. Foi o Infante D. Henrique quem incentivou sua exploração.
Ficou conhecido como “o Navegador”. Um cognome bastante merecido, pois é a ele que se deve o primeiro impulso e grande incentivo das navegações posteriores. É uma das grandes figuras da história da Humanidade.

10 comentários:

tron disse...

parabéns pelo artigo

diáriodesusete disse...

Boa escolha de tema. Bom estágio

diáriodesusete disse...

Gostei bastante da escolha do artigo.
Bom estágio!

Unknown disse...

Sou professor de história da rede pública estadual de São Paulo, gostei muito da tua forma didática de eplicar esse manifíco curso português pela África. Parabéns.

Unknown disse...

Gostei da forma como navega e viaja em terras africanas. Leciono há 26 anos na rede pública estadual paulista e o indicarei para meus alunos. Grande Abraço.

Ana Joaquina disse...

OBRIGADA COM ESTE BLOG CONSEGUI TER MELHORES NOTAS A HISTORIA !!!

Unknown disse...

Boa explicação ,aluna 11@

Unknown disse...

Boa explicação ,aluna 11@

Unknown disse...

MUITO OBRIGADOOOO!!!😃😃

Unknown disse...

Amei 😊😊