É tambem conhecida por alguns como “a convergência cultural do Oriente”, devido à influência de vários grupos étnicos que contribuíram para o desenvolvimento da ilha.
Desde cedo e devido a sua localização geográfica, sempre atraiu comerciantes chineses e malaios que vinham em busca de seu abundânte sândalo, mel e cera.
Estas redes comerciais foram responsáveis pelos casamentos entre os comerciantes e as famílias reais locais, dando origem a riqueza étnico-cultural que hoje predomina na ilha.
Os mesmos recursos naturais trouxeram os navegantes portugueses em 1512. Primeiro os comerciantes depois os missionários e até hoje, a religião católica é predominante na ilha. Durante o século XVI vários reis cristianizados colocaram-se sob a proteção portuguêsa, que se consolidou com a chegada, no início do século XVIII, do seu primeiro governador.
Esta influência persistiu e resultou na colonização da ilha pelos portugueses por mais de 400 anos.
Em 1915, uma sentença arbitrária assinada entre Portugal e a Holanda pôs fim aos conflitos entre os dois países, fixando as fronteiras que hoje dividem a ilha entre leste e oeste.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os aliados (australianos e holandeses) reconheciam posição estratégica de Timor e estabeleceram postos militares no país, envolvendo-se numa dura guerra contra as forças Japonesas na qual muitos timorenses perderam a vida lutando ao lado dos aliados. E em 1945, Timor Leste voltou a ser administrada pelos portugueses.
Em 1975, aumentaram os movimentos de libertação com a criação de partidos políticos. Um destes partidos APODETI considerava que Timor não poderia existir como país independente e pleiteava sua anexação à Indonésia. No entanto, a esmagadora maioria dos timorenses recusava totalmente sua integração ao país vizinho, considerando entre outras coisas, as diferenças culturais e religiosas entre as duas metades da ilha.
Em 28 de Novembro de 1975, Timor Leste proclama unilateralmente sua independência e Xavier do Amaral assume o cargo de Presidente da República. Com a proclamação da Independência inicia-se também uma guerra civil.
No entanto, no dia 7 de dezembro de 1975, a Indonésia, a pretexto de proteger seus cidadãos em território timorense, invadiu a parte leste da ilha e a rebatiza de Timor Timur, tornando-a sua 27ª província.
Durante a ocupação da Indonésia, cerca de 250 mil pessoas morreram em confrontos, o uso do português foi proibido e houve uma violenta censura à imprensa.
Em 1996 José Ramos-Horta, hoje presidente da república e o bispo de Díli, D. Ximenes Belo receberam o Nobel da Paz pela defesa dos direitos humanos e da independência de Timor-Leste
Em 1999 um referendo popular decide com quase 80% de votos, pela Independência formal e com o auxilio das Nações Unidas, no dia 20 de maio de 2002, constitui-se o primeiro Governo Constitucional de Timor Leste.
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