quinta-feira, julho 18, 2019

OMS declara surto de ebola na República Democrática do Congo (RDC) emergência internacional de saúde pública


Funcionários limpam equipamento de proteção contra ebola em Beni, na República Democrática do Congo, em 31 de maio de 2019. Foto: Cruz Vermelha
 Notícia veiculada no site ONU/Brasil em 17/07/2019

Está sendo considerado como pior surto de ebola de todos os tempos.
Este surto que ocorre na República Democrática do Congo (RDC), foi declarado oficialmente pela OMS como "emergência de saúde pública e de preocupação internacional".
O Diretor Geral da OMS, Dr Tedros Adhanom Ghebreyesus pediu que os países redobrem seus esforços de atenção e trabalhem juntos em solidariedade com o RDC para acabar com este surto que já completa um ano.

Até agora, houve mais de 2.500 casos de infecção, e quase 1.670 mortes nas províncias de Ituri e Kivu do Norte, onde há muita dificuldade para controlar o surto.

O que significa a declaração de emergência?

De acordo com o Regulamento Sanitário Internacional da OMS, que é um acordo legal vinculativo envolvendo 196 países em todo o mundo, uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (PHEIC) é definida como “um evento extraordinário determinado que constitui um risco de saúde pública para outros Estados por meio da disseminação internacional de doenças e por potencialmente exigir uma resposta internacional coordenada”.

Esta definição significa uma situação séria, repentina, incomum ou inesperada; traz implicações para a saúde pública além da fronteira nacional do Estado afetado e pode requerer ação internacional imediata.

Foi considerado decepcionante que houvesse atrasos na obtenção de fundos internacionais para combater a doença, o que tem limitado a resposta ao Ebola.

Especialistas reforçaram a necessidade de proteger os meios de subsistência das pessoas mais afetadas pelo surto, mantendo as rotas de transporte e as fronteiras abertas. Reforçaram  a importância de evitar as consequências econômicas que acompanham as restrições de viagem e comércio das comunidades afetadas.

Na segunda-feira (15 de julho de 2019), o responsável pela assistência humanitária da ONU, Mark Lowcock, disse que o surto não seria adequadamente contido sem um “grande aumento na resposta”. No mês passado, os primeiros casos apareceram na vizinha Uganda, embora a família infectada tenha atravessado a fronteira da RDC.

Desde que foi declarado há quase um ano, o surto foi classificado como uma emergência de nível 3 — a mais grave — pela OMS, provocando o mais alto nível de mobilização. A ONU em geral também reconheceu a gravidade da emergência, ativando o “Escala Humanitária em Todo o Sistema” para apoiar a resposta ao ebola.



 




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