O governo de Moçambique proclamou 2009 ano de exaltação e homenagem a Eduardo Chivambo Mondlane.
Este ano comemora-se o 40o aniversario da morte deste arquitecto da unidade nacional e primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
Eduardo Mondlane nasceu a 20 de Junho de 1920 em Manjacaze. Filho de um chefe tradicional, estudou na missão presbiteriana suíça próxima de Manjacaze, prosseguindo os seus estudos secundários numa escola da mesma igreja na África do Sul. Depois de uma curta passagem pela Universidade de Lisboa, obteve uma bolsa do governo suíço para fazer os estudos superiores nos Estados Unidos da América, onde se doutorou em sociologia.
Eduardo Mondlane trabalhou para as Nações Unidas, no Departamento de Curadoria, como investigador dos acontecimentos que levavam à independência dos países africanos e foi também professor de História e sociologia na Universidade de Syracuse, em Nova Iorque. Nessa altura (década de 1950), Adriano Moreira, um ministro português quis recrutá-lo para trabalhar na administração colonial; Mondlane, por seu turno, tentou convencê-lo da necessidade de Portugal seguir o caminho dos restantes países, que estavam a dar independência às suas colónias africanas.
Em 1961, visitou Moçambique, e teve contactos com vários nacionalistas, onde se convenceu que as condições estavam criadas para o estabelecimento de um movimento de libertação. Por essa altura e independentemente, formaram-se três organizações com o mesmo objectivo: a UDENAMO (União Democrática Nacional de Moçambique), a MANU (Mozambique African National Union) e a UNAMI (União Nacional Africana para Moçambique Independente). Estas organizações tinham sede em países diferentes e uma base social e étnica díspares, mas Eduardo Mondlane conseguiu uni-las criando a FRELIMO a 25 de Junho de 1962 e foi eleito o primeiro presidente da organização.
Eduardo Mondlane escreveu “Lutar por Moçambique“, livro onde detalha o sistema colonial português e o que seria necessário para desenvolver o país.
Eduardo Mondlane morreu, a 3 de Fevereiro de 1969, em Dar-Es-Salam (Tanzânia), ao abrir uma encomenda que continha uma bomba
O dia da sua morte é celebrado em Moçambique como o Dia dos Heróis Moçambicanos.
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