Amanhã, dia 8 de Maio de 2010, comemora-se o Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho que marca o aniversário do seu fundador, Henry Dunant.
Tudo começou...
Num campo de batalha com milhares de soldados feridos, abandonados à própria sorte, por falta de assistência médica.
Esta terrível visão, em junho de 1859, no campo de Solferino, Norte da Itália, inspirou no suíço Henry Dunant a certeza de que algo precisava ser feito. Este sentimento foi a semente da Cruz Vermelha.
Naquele momento, ele mobilizou a população local para que o ajudasse a tratar os soldados de ambos os lados, dizendo a frase que se tornou mote da instituição: "Sono fratelli" ou "são irmãos".
Três anos mais tarde, Dunant publicou o livro "Uma Recordação de Solferino" sugerindo que fossem constituídas sociedades de assistência em tempo de paz, com enfermeiros que tratassem dos feridos em tempos de guerra, e que estes voluntários fossem reconhecidos e protegidos por meio de um acordo internacional.
Criou-se então o "Comitê Internacional para a Assistência aos Feridos", mais tarde renomeado para Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Um ano mais tarde, em 1863, realizou-se uma Conferência Internacional, marcando a oficialização da Cruz Vermelha como uma instituição.
Faltava no entanto, a garantia de que este serviço fosse reconhecido e respeitado internacionalmente. Com este objetivo, em 1864, representantes de doze governos assinaram um tratado intitulado "Convenção de Genebra para o Melhoramento da Sorte dos Soldados Feridos nos Exércitos de Campanha" reconhecido como o primeiro tratado de Direito Internacional Humanitário.
Posteriormente, foram realizadas outras conferências, ampliando o direito básico a outras categorias de vítimas, como os prisioneiros de guerra.
Esta decisão foi muito importante e deu novo impulso à Cruz Vermelha por ocasião da Segunda Guerra Mundial (1939 à 1945). Um dos grandes trabalhos foi a busca de paradeiro de parentes dos estrangeiros residentes no país que tornou-se uma tarefa de grande importância.
Após a Segunda Guerra Mundial, uma conferência Diplomática adotou as quatro Convenções de Genebra de 1949 que incluiram pela primeira vez, disposições relativas à proteção de civis em tempo de guerra.
Atualmente, a Cruz Vermelha é composta por 171 Sociedades Nacionais em 171 países, contando com mais de 350 milhões de voluntários regidos pelo mesmo estatuto, princípios e finalidades.
Seu objetivo é proteger a vida e a saúde humana e prevenir e aliviar o sofrimento sem discriminação de nacionalidade, raça, sexo, religião, classe social ou filiação política.
O trabalho do CICV nos inúmeros serviços humanitários que realiza apoia-se em bases jurídicas e no direito de iniciativa humanitária atribuído pelos Estados, tendo já sido premiado três vezes com o Prémio Nobel da Paz, em 1917, 1944 e 1963.
Fonte: http://www.icrc.org/Web/por/sitepor0.nsf/htmlall/history?OpenDocument
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